Uma bolsa, avaliada em pouco mais de R$ 1,2 mil, foi devolvida à dona 2 dias depois de ter sido furtada de dentro de um carro que estava estacionado próximo a um petshop, na semana passada, em Porto Velho. Em um bilhete escrito à mão, o ladrão pediu desculpas à vítima e jogou a bolsa no quintal da casa de freiras. “Deus mandou eu te entregar. Só peguei a grana, desculpa!“, diz a mensagem deixada no papel.
A vítima, uma fotógrafa de 36 anos, contou como ocorreu o crime. Segundo relato, ela estacionou o carro para ir se exercitar em uma academia da Zona Norte da capital. Depois de uma hora de treino, ela retornou ao veículo, mas não desconfiou de nada.
“O carro estava fechado e travado. Só senti falta da bolsa alguns minutos depois de entrar no automóvel”, comentou.
Como não havia sinais de arrombamento, a fotógrafa desconfia que o ladrão tenha utilizado um aparelho conhecido como “Chapolim”, que bloqueia o travamento das portas dos veículos.
Depois de pegar a bolsa, que estava sob o banco de passageiro, o suspeito travou as portas normalmente. Por causa do furto, ela registrou Boletim de Ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia Civil em Porto Velho. “Três dias depois, uma pessoa me ligou, avisando que estava com minha bolsa e que no dia anterior alguém havia jogado a bolsa dentro do quintal dessa pessoa“, conta a fotógrafa.
A pessoa que ligou, segundo ela, era uma religiosa da Casa das Freiras, que fica próxima à Catedral Sagrado Coração de Jesus, na região central da capital.
“Estava tudo lá. O ladrão só levou o dinheiro, cerca de R$ 200. Até os chicletes, nos quais sou ‘viciada’, estavam dentro da bolsa“, relatou a fotógrafa que se declarou feliz pela atitude do ladrão.
“Ele foi bonzinho. Travou meu carro para que ninguém mais roubasse e devolveu minha bolsa com tudo dentro. Achei uma boa atitude, muito embora já tivesse dado entrada na segunda via da CNH e bloqueado todos os cartões de crédito. Eu o perdoei“, disse a fotógrafa ao comentar a atitude do bandido arrependido.
Sobre o furto, a profissional atribuiu o fato a uma maré de má sorte. “Na mesma semana fui furtada, bati o carro e sofri uma tentativa de assalto, mas tudo acabou bem e ainda tive minha bolsa devolvida“, finaliza.
Créditos: Divulgaro