Parentes do porteiro Heleno Luiz Dias, de 50 anos, morto no fim da noite desta quarta-feira (24) quando estava numa pizzaria na Avenida Engenheiro Richard, no Grajaú, Zona Norte do Rio, estiveram no Instituto Médico-Legal (IML) para liberar o corpo, nesta quinta.
O primo da vítima, o também porteiro Adeildo Dias Pereira, de 39 anos, contou que Heleno queria voltar para sua terra natal, a Paraíba, por temer a violência carioca.
– Ele estava aqui havia 23 anos. Mas começou ter medo. Temia muito a violência do Rio. Trabalhava no Grajaú e estava sempre ouvindo sobre assaltos. Era justamente por medo dessa violência que estava na pizzaria: havia ido buscar a esposa, que trabalhava lá, para que ela não voltasse sozinha para casa – contou Adeildo.
Segundo ele, Heleno era amigo do policial militar reformado Silvio José Braga Ramos, de 69 anos, que trabalharia como segurança da pizzaria e também morreu.
– Os dois estavam conversando quando uns bandidos chegaram atirando. Meu primo correu, mas foi atingido. Não tinha nada a ver com a situação. Só estava na hora errada, no lugar errado. Era uma pessoa muito boa. Deixou a esposa e os dois filhos, o mais novo com apenas 13 anos – disse Adeildo.
O crime aconteceu por volta das 23h. A pizzaria já estava fechada. No momento em que ocorreram os disparos, a viúva de Heleno correu para ver o que acontecia e viu quando o marido foi atingido. Na manhã desta quinta, ela chegou ao IML chorando muito e teve que ser amparada.
Os parentes ainda não sabem se o sepultamento de Heleno ocorrerá no Rio ou se o corpo será levado para a Paraíba.
Equipes da Divisão de Homicídios(DH) – responsável pelas investigações – realizou uma perícia no local do crime.
Fonte: EXTRA GLOBO