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Agropecuária e produção de etanol na Paraíba são foco de debate entre plantadores e entidades

A agropecuária, plantação de cana de açúcar e a importância do setor para a economia paraibana foi tema de debate na noite desta quinta-feira, 27, com as participações do presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool da Paraíba (Sindialcool-PB), Edmundo Barbosa; o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso; e diretor da Faepa e superintendente da Senar-PB, Sérgio Gouveia.

edmundo-barbosaEm mesa redonda realizada no programa Master News, Edmundo Barbosa comemorou a situação do estadoa diante do atual momento nacional e destacou que, apesar do controle fiscal no estado, muitas pessoas deixaram de comprar carros devido ao momento de crise.

Edmundo destacou que a economia paraibana está dando uma lição de força, “não adianta querer apressar, temos que ultrapassar este momento com calma, houve um período que o etanol foi esquecido, justamente quando se falava em pré-sal, neste período o valor era mais alto no mercado internacional do que no Brasil, hoje estamos vendo um governo mais realista mantendo os preços mais ou menos no mesmo preço do mercado internacional”, disse.

murilo-paraisoO presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, disse que a atual crise vem se agravando desde a gestão da presidente Dilma Rousseff e afeta toda a população. Questionado sobre a concorrência entre a produção local e a importação de álcool, ele disse que o mercado é mantido em equilíbrio devido aos preços do açúcar, “em contrapartida, o álcool é energia e está sofrendo muito com a importação de álcool”, opinou.

Murilo destacou a importância da tecnologia no agronegócio e pontuou que ajudou na segurança das pessoas que trabalham na área, “temos um clima favorável a produção de frutas e estamos em segundo lugar na produção de abacaxi, somos famosos no exterior, nosso produto é muito conhecido, retornaremos ao primeiro lugar rapidamente”, destacou.

sergio-gouveiaJá Sérgio Gouveia disse que o setor agropecuário está reagindo ao momento de crise, ele pontuou que o setor vem produzindo alimentos, embora com dificuldades, vem gerando empregos e poderia estar mais avançado se não o país não estivesse num momento de crise nacional.

Sérgio destacou que tem havido uma substituição de pessoas por máquinas nas atividades do campo, mas afirmou que os profissionais são qualificados e aproveitados em segmentos da indústria, “o grande entrave dessa migração é na educação, existe um grande número de analfabetos no campo, analfabetos e semi-analfabetos, muitas vezes as pessoas não tem a capacidade de compreender o que é passado nos cursos que são disponibilizados aos cortadores de cana”, relatou.
Créditos: Ívyna Souto – Polêmica Paraíba