Uma explosão no bairro de Chelsea, em Nova Iorque, provocou na madrugada deste sábado (cerca das 21h locais, 1h da manhã em Lisboa) mais de duas dezenas de feridos. As autoridades encontraram engenhos explosivos próximo do local onde ocorreu a explosão, mas excluem que se trate de um acto terrorista.
O mayor de Nova Iorque, Bill de Blasio, adiantou que há registo de 29 feridos, que não correm perigo de vida.
A explosão, garantiu, não pode ser para já associada a qualquer acção terrorista, mas trata-se de “um acto intencional”, disse numa conferência de imprensa. Bill de Blasio afastou também qualquer relação entre o incidente e a explosão, horas antes, de uma bomba artesanal no estado vizinho de Nova Jérsia.
O departamento da polícia de Nova Iorque encontrou um primeiro engenho explosivo próximo do local onde ocorreu a explosão. Horas mais tarde, as autoridades policiais alertavam para a existência de um segundo engenho, numa rua próxima, que foi removido. Segundo os meios de comunicação norte-americanos, tratava-se de uma panela de pressão ligada a um telemóvel, engenho semelhante aos que foram utilizados nas explosões registadas, em 2013, na maratona de Boston.
A explosão ocorreu na Rua 23 (entre a Sexta e a Sétima avenidas) e testemunhas ouvidas pela comunicação social relatam que ouviram um barulho ensurdecedor e que as pessoas desataram a correr, para tentarem fugir do local.
Clinton pede cautela, Trump quer vigilância
Em reaçcão ao incidente, a candidata presidencial Hillary Clinton pediu cautela e realçou que é importante “conhecer os factos” antes de tirar conclusões precipitadas. “É sempre mais sensato esperar até ter informações concretas, antes de tirar conclusões”, disse, citada pelo Washington Post, acrescentando que se está ainda numa fase inicial do processo para tentar determinar o que de facto aconteceu.
O seu opositor, o candidato republicano Donald Trump, foi o primeiro a reagir. Ainda as autoridades não tinham confirmado o incidente, já Trump dava conta aos jornalistas de que “uma bomba explodiu” em Nova Iorque. “Temos de ser muito duros”, comentou. “É uma coisa terrível o que está a acontecer ao nosso mundo. Temos de ser duros, inteligentes e estar vigilantes… Vamos ver o que é”, disse.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, tem-se mantido informado sobre os acontecimentos, de acordo com informações fornecidas pela Casa Branca, mas ainda não reagiu.
A cidade de Nova Iorque está sob medidas especiais de segurança, porque recebe, nesta segunda-feira, uma cimeira sobre refugiados e migrantes e, a partir de terça-feira, a Assembleia Geral das Nações Unidas. Nesta reunião anual participará o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e dezenas de outros chefes de Estado e de Governo.
