A presidente afastada ainda destacou que o momento é grave e requer “coragem e clareza de propósito” e que impeachment sem crime de responsabilidade é “ruptura da ordem”. “Não devemos permitir que uma eventual ruptura da ordem democrática baseada no impeachment sem crime fragilize nossa democracia”. Ela afirmou que lutará com todos os instrumentos disponíveis para defender a democracia
SÃO PAULO – A presidente afastada fez na tarde desta terça-feira (16) um pronunciamento com uma mensagem ao Senado e à nação na tentativa de barrar o processo de impeachment no Senado. O texto é intitulado “Mensagem ao Senado e ao Povo Brasileiro”.
Dilma disse que dará apoio irrestrito à convocação de um plebiscito para consultar a população sobre a convocação de eleições antecipadas e da reforma política. A presidente afastada ainda destacou que quem pode afastar um presidente pelo “conjunto da obra” é o povo e, se o Senado o fizer, “trata-se de um golpe”. De acordo com ela, o Senado precisa reconhecer que não houve um crime de responsabilidade.
O documento foi estudado nos últimos dias por Dilma e aliados, inclusive parlamentares, e será um dos últimos posicionamentos dela antes do julgamento final do processo de impeachment. Na semana passada, 59 senadores votaram pela aceitação do parecer que dá continuidade ao processo. Com isso, o julgamento de Dilma por crime de responsabilidade terá início no próximo dia 25, uma quinta-feira.