Aumentou para sete o número de deputados paraibanos que declararam publicamente que votarão favoráveis a cassação do mandato do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Nesta quinta-feira (11), em nota encaminhada ao portal PB Agora, o deputado federal Benjamin Maranhão (SD) deixou claro que seguirá o parecer do Conselho de Ética, ou seja, pela cassação.
Além de Benjamin, já declararam voto pela cassação de Cunha os deputados paraibanos: Luiz Couto (PT), Damião Feliciano (PDT), Efraim Filho (DEM), Pedro Cunha Lima (PSDB), Rômulo Gouveia (PSD) e Wilson Filho (PTB).
“O deputado federal Benjamin Maranhão (SD) manifestou sua posição em relação ao processo que tramita na Câmara Federal e que pede a cassação do mandato do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O parlamentar informou que vai votar acompanhando o parecer do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Benjamin disse que não foi procurado pelo portal de notícias PBAgora e que desconhece a informação veiculada de que ele votaria a favor de Cunha”, disse a assessoria do parlamentar.
Da Paraíba, o único que declarou, abertamente, que votaria contra a cassação, ou seja, favorável a manutenção do mandato de Eduardo Cunha na Câmara Federal, foi o deputado federal Wellington Roberto, do PR.
A bancada do PMDB, partido do qual Cunha é filiado, disse que seguirá a orientação do partido. A posição do PMDB, no entanto, ainda não foi publicizada. São filiados ao PMDB pela Paraíba três deputados federais, são eles: Manoel Júnior, Hugo Motta e Veneziano Vital. O cabeludo, no entanto, está de licença e no lugar dele deve votar o suplente André Amaral, que também disse que seguirá a orientação da sigla.
ENTENDA
O Conselho de Ética aprovou em junho, por 11 votos a 9, parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) pela cassação do mandato de Cunha. Na última segunda-feira (8) o relatório foi lido no plenário da Câmara. Agora, para o processo entrar na Ordem do Dia são contadas duas sessões do Plenário. São necessários 257 votos entre os 512 deputados em exercício para determinar a perda do mandato de um parlamentar.
O pedido de cassação do mandato de Cunha foi feito pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade em novembro do ano passado no Conselho de Ética. Eles acusam o deputado de ter mentido durante depoimento à extinta CPI da Petrobras ao dizer que não possuía contas no exterior. A afirmação foi desmentida após investigação do Ministério Público suíço descobrir que Cunha era beneficiado por trustes no país e repassar as informações à Procuradoria-Geral da República.
Fonte: PB Agora
Créditos: Márcia Dias