Procrastinação?

PROCRASTINAÇÃO? - Cassação de Eduardo Cunha deve ficar para o mês de setembro

DF - CUNHA/JORNALISTAS - POLÍTICA - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha   (PMDB-RJ), concede entrevista aos   jornalistas setoristas da Câmara fazendo um   balanço do primeiro semestre do ano, em   uma café da manhã oferecido no anexo IV na   Câmara dos Deputados, em Brasília.   16/07/2015 - Foto: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO

A natureza do golpe brasileiro está cada vez mais escancarada: cassa-se a presidente honesta e chantageada pelo parlamento, enquanto se preserva o chantagista.

No mesmo dia em que o Senado avançou mais uma casa no golpe contra a democracia brasileira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sinalizou que vai jogar a cassação de Eduardo Cunha para o fim de setembro, em plena eleição municipal, quando pode não haver quórum na casa.

Ontem, o delator Júlio Camargo afirmou ter ouvido do próprio Cunha que o ex-presidente da Câmara sustentava financeiramente mais de 200 deputados (leia aqui).

Leia, abaixo, informações sobra a manobra de Maia, publicadas no Painel:

Primeira ela Rodrigo Maia dá sinais de que pretende pautar a cassação de Eduardo Cunha depois da decisão sobre o impeachment de Dilma — como defende o Planalto e não como quer a oposição. O presidente da Câmara divulgará nesta quarta o calendário das três próximas semanas de votação. Quer votar projetos e medidas provisórias antes da cassação. A semana de 12 de setembro começa a ganhar a simpatia de líderes partidários. A data, no meio do processo eleitoral, favorece a falta de quorum.

Jurisprudência O PMDB foi ver quantos dias em média um processo de cassação foi votado depois de sua leitura em plenário. O resultado é de 40 a 45 dias, o que, aplicado no caso de Cunha, chegaria ao fim de setembro.

 
Créditos: Brasil 247