'EXEMPLO PARA O PAÍS'

Deusimar Guedes diz que segurança potiguar não pode 'dar um passo atrás'

Ex-policial federal e o psicologo Nilton Formiga participaram de mesa redonda no Master News

deusimar guedesO ex-policial federal Deusimar Guedes e o psicologo Nilton Formiga participaram do programa Master News, da TV Master, na noite desta terça-feira, 02, para falar sobre os assuntos atuais, sobretudo, ligados a segurança pública.

Após falar sobre o sistema prisional e a falta de políticas de ressocialização no Brasil, “os presídios hoje são escritórios da criminalidade, não tem socialização da forma como as coisas estão e é necessário que haja mudanças rápidas, para que a sociedade não sofra o que a população do Rio Grande do Norte tem passado nesses dias, o combate ao uso de telefones celulares em presídios te gerado muitos problemas na rua, mas o governo não pode dar um pasos atrás”, disse Deusimar Guedes.

Sobre crimes cometidos na Paraíba, como assaltos de grande repercussão e a falta de enfrentamento da Polícia Militar, os entrevistados opinaram que os casos de violência da paraíba não são diferentes dos demais estados brasileiros. “A Paraíba não está diferente do resto do país, claro que a Polícia não vai andar com armamento pesado nas viaturas, porque não são armas para o dia a dia, mas tem que ter uma equipe preparada para ser ser chamado quando houver um caso de perigo como aquele do assalto a banco no Bessa Shopping, é importante que haja um grupo pronto para combater a criminalidade”, disse Deusimar.

nilton formigaNilton pontuou que “por um instante, pensei que a Polícia poderia estar agindo de forma humanizada em querer preservar a vida das pessoas que estavam sendo ameaçadas, mas o que aconteceu um acovardamento dos agentes envolvidos na situação, até porque não houve avanços nas investigações do caso, e poucos dias depois, houve um outro assalto nos mesmos moldes, que foi o caso do assalto ao Hiper, da BR”. Ele seguiu dizendo que as pessoas, os cidadãos comuns, tem passado por situação de estar preso em casa, não sai de casa depois de certo horário e, se sair, toma todo o cuidado no momento de voltar “porque vive assustado com a violência e a possibilidade de assalto”.

Questionados se a opção de não enfrentar os bandidos teria sido humanização da Polícia, em preservar as pessoas que eram reféns naquele momento, Nilton Formiga disse que “a atuação direta é saber qual a relação direta que se tem com o impacto para a sociedade, não se pode perguntar a vitima que está pedindo socorro, se o agressor está usando arma pesada, antes de atender o chamado”, opinou.

Deusimar disse que deveria haver um sistema único de segurança que funcionasse com todos os órgãos interligados, que seguissem uma diretriz. “Tem que ter um banco de dados, a polícia tem que investir em perícia e no setor de inteligência para se comunicar porque o crime é globalizado, as informações têm que ser rápidas, se o crime organizado fosse burocrático como a Polícia, ele não funcionaria,é importante criar um sistema nacional único, como acontece com a Saúde com o SUS”, falou.

Os entrevistados finalizaram dizendo que esperam que não haja ataques terroristas durante a realização dos jogos olimpícos no Brasil, mas afirmaram a necessidade de reforçar a segurança porque não se sabe se pode haver ataques solitários de pessoas sem ligação com grupos terroristas.
Créditos: Polêmica Paraíba