A Operação “Resta Um”, deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato na manhã desta terça-feira (2), investiga se houve desvio de dinheiro da Petrobras para abastecer a campanha de reeleição do ex-presidente Lula, em 2006. Segundo o jornal ‘Gazeta do Povo’, delatores afirmam que R$ 2,4 milhões foram repassados pelo consórcio Quip, liderado pela Queiroz Galvão, ao caixa dois da campanha petista.
“Temos elementos que mostram o pagamento de propina através de doação oficial e de repasses de caixa dois à campanha de reeleição do ex-presidente Lula em 2006”, afirmou o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima.
A delação que apontou o pagamento dos valores foram revelados pelo ex-presidente da UTC, Ricardo Pessoa, que afirmou em depoimento que as empreiteiras aceitaram fazer o pagamento de doação não oficial (o que configura o crime de caixa dois) ao partido. O pedido teria partido do então tesoureiro da legenda, José de Filippi Junior, ex-secretário de Saúde do município de São Paulo, para a empreiteira Queiroz Galvão.
“O atendimento da solicitação (de dinheiro vivo para a campanha de Lula) foi aprovado pelo conselho da QUIP, em uma reunião entre o declarante (UTC), Ildefonso Colares (então presidente da Queiroz Galvão), Valdir Carreiro (executivo da Iesa) e Camerato (executivo da Camargo Corrêa)”, relatou o dono da UTC aos investigadores.
Agentes da Polícia Federal cumpriram, na manhã desta terça-feira (2), 32 mandados de prisão e busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais.
Créditos: Notícias ao Minuto