O secretário de Planejamento e Finanças da Paraíba, Tárcio Pessoa, disse na noite desta terça-feira, 19, que a finalidade de um governo é cuidar da população paraibana, “não apenas pagar uma folha de quase 140 mil pessoas”.
Em entrevista ao programa Master News, da TV Master, o secretário afirmou que “temos um problema serissímo aqui na Paraíba, e tenho dito isto desde que assumi a secretária em 2014, falo do problema previdenciário que cresce cerca de 18% ao ano e isso vai estourar nas mãos do próximo governador, isso acontece porque temos um sistema desequilibrado, deveriamos ter quatro pessoas trabalhando para cada servidor aposentado, mas aqui chegaremos daqui a pouco a uma pessoa trabalhando para cada aposentado, assim com acontece em outros estados”, pontuou.
“O sistema deveria ser equilibrado, o que as pessoas contribuem deveria ser transformado em salário, o sistema quebrou em todo o Brasil e não está se percebendo a dimensão do problema, isso vai estourar dentro de cinco anos”, disse. Ele seguiu afirmando que a reforma tributária e o pacto federativo são medidas urgentes para tentar resolver os problemas do país, “somos o único país do mundo onde a união é formada por estados e municípios, essas reformas, pacto federativo, reforma tributária e previdenciária são imprescindíveis e sem elas teremos uma crise explodindo em 2018 e ficará mais dificil consertar tudo depois”, explicou.
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Entre assuntos técnicos, o secretário explicou como é feito o planejamento financeiro para manter as obras e os pagamentos em dia, permitindo que tudo siga funcionando. Diferente de outros estados, Tárcio afirmou que existe um planejamento mensal para manter o funcionamento, mas pontuou que não há condições de reajustar salários neste momento político, que a Paraíba e o Brasil passam.
Ele disse ainda que o planejamento feito mês a mês vai garantir a continuidade dos pagamentos de salários em dia, assim como o pagamento da segunda metade do 13º salário em dezembro, e a conclusão de obras que estão em andamento e outras que estão assinadas e terão início em breve.
A Paraíba tem desvantagem em relação ao outros estados, explicou o secretário, no que se refere a créditos para seguir o desenvolvimento, “a Paraíba não tem uma dívida grande com o governo federal, diferente de outros estados, e ainda assim, tivemos dificuldades na liberação de créditos para conseguirmos autorização para contrairmos empréstimos, veja, não estávamos pedindo dinheiro ao governo, pedíamos a autorização para empréstimo, diferente de outras entes da federação que não tem conseguido pagar salários dentro do mês e a primeira parcela do 13º salário”, finalizou.
Créditos: Polêmica Paraíba
