Um primo de Mohamed Lahouaiej Bouhlel, de 31 anos, suspeito pelo atentado que deixou pelo menos 84 mortos, em Nice, no Sul da França, revelou, nesta sexta-feira, que o franco-tunisiano não era muçulmano e costumava usar drogas. De acordo com Walid Hamou, Bouhlel era desempregado e agredia a mulher. Ele era pai de três filhos, com idades entre 18 meses e 5 anos. As informações são do jornal britânico “Daily Mail”.
Segundo Hamou, é improvável que Bouhlel seja um jihadista, um terrorista religioso. “Bouhlel não era religioso. Ele não ia à mesquita, não orava, não se resguardava no Ramadã. Ele tomava bebidas alcoólicas, comia porco e usava drogas. Tudo isso é proibido pelo Islã. Ele não era um muçulmano”, disse o primo, que acrescentou: “Ele batia na esposa, dava muito trabalho”.
De acordo com o “Daily Mail”, Bouhlel, que trabalhava como motorista em uma transportadora, perdeu o emprego há cerca de seis meses, quando dormiu ao volante e bateu contra quatro carros. Na mesma época, ele se envolveu em uma briga em um bar. Desde então, era acompanhado pela polícia francesa.
Nesta sexta-feira, na casa onde Bouhlel morava, foram feitas vistorias. Pertences pessoais foram apreendidos, como remédios de uso controlado e um computador. A mulher dele foi detida para prestar depoimento para as autoridades.
O suspeito de matar 84 pessoas em Nice se passou por um vendendor de sorvete para enganar policiais e ficar no Passeio dos Ingleses, via onde atropelou as vítimas. As informações são do jornal britânico “Express”.
De acordo com a publicação, o homem alugou o caminhão que usou no atentado há dois dias. Dentro do veículo estavam armas pesadas, como rifles, e granadas.
Bouhlel ficou rodando por ruas de Nice por cerca de nove horas antes de se dirigir ao Passeio dos Ingleses, onde esperou a multidão se reunir para assistir à queima de fogos em comemoração ao dia da Bastilha (14 de julho).
Em seguida, ele contou para policiais que estaria vendendo sorvetes para ter acesso ao público. Foi quando iniciou o ataque. O franco tunisiano dirigiu por cerca de 2 quilômetros, antes de ser morto pela polícia. Dezenas de pessoas também ficaram feridas no ataque.
De acordo com o “Express”, embora o acesso de caminhões seja restrito durante celebrações como a desta quinta-feira, veículos de entregas e vendas são permitidos.
O grupo terrorista Estado Islâmico é apontado como responsável pelo ataque.
Fonte: Extra