Um funcionário de um dos postos de combustíveis do empresário Marcone Morais, assassinado nessa segunda-feira (11), em frente a uma agência bancária, no bairro do Bessa, em João Pessoa, foi preso e apresentado pela Polícia Civil da Paraíba como a pessoa responsável por repassar informações privilegiadas para o grupo de assaltantes. Além do frentista, outras duas pessoas foram presas. O trio foi apresentado nesta quarta-feira (13), à imprensa da Capital. Dois suspeitos continuam foragidos.
De acordo com o delegado Marcos Paulo, superintendente da Polícia Civil em João Pessoa, a análise do circuito de câmera e a ajuda do 197, o Disque Denúncia da Polícia Civil, foram fundamentais para prisão do trio.
“Após informações do 197, conseguimos prender o homem que aparece no vídeo atirando contra o empresário. Após a prisão dele, conseguimos prender o homem que resgatou os suspeitos, após um veículo ser abandonado, e o frentista, que repassou detalhes da movimentação financeira do posto. O que morreu na troca de tiros teria sido mentor do plano e tinha mandado de prisão por participar do assalto ao Bradesco na Capital. Ele também era foragido de presídio de João Pessoa”, falou o delegado.
Conforme Marcos Paulo, o frentista, que trabalhava há seis meses no posto, confessou a participação no crime e disse que, inicialmente, o plano era roubar os cerca de R$ 300 mil que estavam com o empresário e não matá-lo. Mas, como houve uma reação por parte da vítima, ele foi baleado e morto. O dinheiro não foi levado. A arma usada pelo assaltante morto foi apreendida.
“Em depoimento, o frentista disse ter sido coagido e ameaçado pelo assaltante que foi morto, ao repassar informações do empresário, porém, não acreditamos. O funcionário do posto comentou que Marcone Morais era negligente com relação à contagem e dinheiro do posto. O empresário não escondia, segundo o frentista, a quantia que depositava no banco”, comentou o superintendente. Conforme levantamento da Polícia Civil, o frentista repassou informações aos assaltantes sobre a agência bancária, horário de saída e qual o modelo do carro do empresário.
Com a prisão de parte do grupo, a Polícia Civil diz que o caso foi latrocínio (roubo seguido de morte) e descartou a execução. “Foi ventilado que o empresário teria sido morto porque era ameaçado devido a investigações da ‘Operação 247’ da PF. Não tem nada a ver com esse crime. Foi latrocínio”, pontuou Vilela. Segundo a Polícia Civil, o frentista vai responder pelo crime de associação criminosa qualificada, o atirador vai responder por latrocínio e associação criminosa e o suspeito que resgatou o trio após o crime responderá pela associação criminosa.
Fonte: portalcorreio
Créditos: portalcorreio