A ação tramita no Fórum Criminal de João Pessoa. A última audiência, de conciliação, aconteceu no dia 19 de abril deste ano. O advogado de Mariana, Iarley Maia, se mostrou confiante de que sua cliente será inocentada. Ele assegura que, para isso, a renúncia de dom Aldo Pagotto não terá qualquer influência. “Ela foi muito pressionada, caluniada, difamada e até desrespeitada em sua honra. Colocaram em dúvida a sanidade mental dela. Foi preciso os exames de sanidade mental para comprovar que isso não existia”, relatou, acrescentando que sua cliente passou por toda a sistemática de exposição pública e tentativa de desmoralizar e descredibilizar sua imagem. “Mas de nada serviu e ela manteve-se firme no propósito dela e dia 14, diante da Justiça, ela vai provar a sua inocência”, acrescentou.
O advogado de Mariana ainda negou a tese de que ela teria negado as informações prestadas à Igreja. A fiel é ligada à Paróquia de São Rafael. Depois da denúncia formulada por ela, o Jornal da Paraíba fez uma grande cobertura jornalística mostrando todas as consequências da investigação para o clero paraibano. Na carta-renúncia, dom Aldo Pagotto reconheceu os erros por ter aceitado na Paraíba padres vindos de outros estados com denúncias de envolvimento com pedofilia. Ele alegou que seu erro foi “confiar demais”. Dom Aldo anunciou que vai deixar a Paraíba e deve se fixar no Ceará, onde fica a sua congregação. Depois de 12 anos na Arquidiocese da Paraíba, o religioso colecionou polêmicas e escândalos.