Por Gilvan Freire
NA Paraíba, lugar que ignorava enquanto foi presidenta, Dilma passou a ser outra Dilma, mais desconhecida ainda dos paraibanos : aquela que reclama dos outros sobre tudo o que era de sua responsabilidade fazer e não fazia. Mas esta Dilma atual, que agora ama mais o PT e a Paraíba do que amava antes (nem gostava da PB nem de seu governador ), tem o mesmo cinismo petista : a artimanha de culpar os outros pelos seus graves pecados capitais e os desacertos morais de sua gestão. É uma desfaçatez desconcertante que não leva em consideração o direito que o povo tem de não se deixar enganar conscientemente, ou talvez porque eles juntos achem que o povo é isso mesmo : uma massa de manobra ignara que escolhe politicamente mal e ainda tem de pagar caro pelas suas más escolhas.
Foi doloroso ouvir, nos primeiros momentos desta crise que deprime o Brasil, que a culpa era da imprensa livre, da VEJA, inicialmente, e depois da GLOBO e outros veículos, numa hora em que somente a liberdade de informação e de manifestação e critica se levantava contra o banditismo que se apoderou do Estado e subjugou o governo e transformou a propriedade pública em bodega privada, retalhando os interesses da população como fazem os feirantes com as víceras e as miudezas, ou, mais adequadamente, fazem as quadrilha de assaltantes depois de detonarem os bancos.
Posteriormente, a culpa passou a ser de Moro, o xerife que impõe mais medo aos assaltantes dos cofres públicos do que o medo que Bin Laden impunha aos americanos antes de morrer. Houve um tempo, na América, que quando uma mãe queria botar um filho treloso para dormir ou controlar uma situação de conflito, simplesmente gritava : “ vou chamar Bin Laden ! “ – e as crianças dormiam e obedeciam. Sérgio Moro é o lendário Papa-Figo do PT e seus corréus, encarregado de salvar a democracia brasileira da ação destruidora dos vândalos ideologizados.
Por último, o lulopetismo transferiu suas responsabilidades criminais para Eduardo Cunha e Michel Temer, dois líderes importantes do consórcio que administrava o país na ERA DO DEGELO, o tempo em que todos juntos derreterem o país e criaram um tsunami de fezes que inundou e asfixiou toda a população. Mas, suportar essa cretinice e esse fedor já não tem mais jeito, é aguentar mesmo – pois é o castigo merecido de um povo que não sabe botar bandido pra correr com os porretes na mão. No entanto, assistir a esse festival de despudor pela negação e transferência da culpa, parece um sacrifício insuportável, pesado demais da conta. É um horror.