A maneira como o PMDB está tratando Sérgio Machado é inadequada e não condiz com a história dele com o partido. Essa é a opinião do colunista Josias de Sousa, que ainda diz que a legenda não pode esquecer que Machado presidiu, em nome do PMDB, uma das principais subsidiárias da Petrobras, a Transpetro, por mais de uma década.
O colunista do UOL ressalta que os membros do partidos “se fingem de bobos pelo bem da nação”. Para ele, Michel Temer e Renan Calheiros, dois dos principais nomes do PMDB, conhecem Machado e pensam que não precisam se explicar para a nação. Além disso, que não vale a pena comprometer a estabilidade do governo Temer por algo assim. Por isso, diminuem a importância do delator.
Sousa lembra que o presidente em exercício disse que “alguém que teria cometido aquele delito irresponsável que o cidadão Machado apontou, não teria até condições de presidir o país”, classificando como “irresponsável, leviana, mentirosa e criminosa” a delação. O colunista afirma que Temer vive hoje em “um cotidiano surreal”, onde sabe de tudo o que Machado fez, mas precisa dizer que não.
Renan Calheiros, por sua vez, se mostrou mais incisivo ao comentar a delação: “Essa delação do ex-senador Sérgio Machado é uma delação mentirosa do começo ao fim. Ela não apresenta uma prova sequer. É a repetição de narrativas de delatores que estão desesperados para sair da cadeia ou querem limpar, lavar milhões que pilharam do setor público. Eu não acho isso razoável”. No entanto, segundo o colunista, o peemedebista era uma espécie de padrinho de Machado e, desta maneira, ligado ao delator.
A tentativa do PMDB de se afastar de Machado faz com que a legenda esteja, na visão de Sousa, ofendendo “a inteligência de uma criança de cinco anos”.
Fonte: UOL
Créditos: Josias de Sousa