“A operação Lava Jato está confirmando o que já dizíamos há muito tempo: o sistema político brasileiro está completamente podre, como resultado da promiscuidade do financiamento das campanhas eleitorais. Alguém acha que as grandes empresas fazem doações por caridade ou afinidade ideológica? Na verdade, fazem investimentos e quem investe quer retorno”, argumentou na manhã desta quinta-feira, 16, o deputado estadual Anísio Maia (PT).
Para Anísio Maia, não se trata apenas do registro de doações, mas, da origem e finalidades dos recursos mobilizados pelos políticos. “Nesta seara, não existe corrupto sem corruptor. Devemos analisar como os atuais deputados e senadores foram eleitos. Como uma pessoa do quilate de Eduardo Cunha consegue fazer ampla maioria na Câmara dos Deputados? Políticos como Cunha, Renan, Temer e Jucá, ganharam importância por gerenciar esquemas como este”.
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“Este Congresso não representa a sociedade brasileira, mas, os interesses privados de grupos econômicos. Está corrompido desde sua formação. É preciso uma grande mobilização por uma Constituinte exclusiva para uma ampla reforma política. A combinação de dinheiro e política não é boa para a democracia. Reproduz o poder das oligarquias e não elege representantes comprometidos com o povo, mas, com seus financiadores”, explicou Anísio Maia.
Para o petista a falência do atual sistema político fica ainda mais evidenciada com o afastamento da presidenta Dilma Rousseff. “A maioria corrompida no Congresso afastou a presidenta sem que houvesse sequer algum indício contra ela. Na verdade, o impeachment é um operação para barrar a Lava Jato. Enquanto Dilma não é citada uma única vez, o interino já foi citado duas vezes. A presidenta Dilma está sendo injustiçada porque não se prestou a negociar com este Congresso corrompido”, concluiu.
Créditos: Redação com ascom
