Em Brasília

Lira descarta 'chapão' e diz que PMDB tem candidatura própria que vai chegar ao 2º turno

Senador diz que é impossível unir o PMDB em um bloco encabeçado pelo PSD e com apoio também do PSDB pois o partido tem pré-candidatura própria

RAIMUNDO LIRA

O senador e presidente da Comissão de Impeachment, Raimundo Lira (PMDB), afirmou que não vê nenhuma possibilidade de formação de um chapão em João Pessoa para as eleições municipais deste não envolvendo o PMDB, o PSDB e o PSD, do atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Luciano Cartaxo. Segundo ele, isso é impossível porque ele acredita que o pré-candidato do PMDB, o deputado federal Manoel Júnior disputará o segundo turno com Cartaxo.

“Em João pessoa na eleição municipal temos o candidato próprio que é Manoel Júnior então não vejo nenhum cenário que aproxime estes partidos nesta eleição de 2016. Tenho a convicção que Manoel Júnior vai para o segundo turno contra Luciano Cartaxo e aí não tem como juntar neste momento. Para o futuro tudo pode acontecer, mas agora neste ano não tem como”, afirmou.

Raimundo Lira se reuniu ontem (24) em Brasília com o prefeito Luciano Cartaxo, mas segundo ele, não foi tratado de temas políticos. “O que ele tratou comigo é que está para chegar um empréstimo de financiamento internacional em João pessoa e ele pediu o apoio institucional e é claro que vai ser dado tanto no âmbito da Comissão de Assuntos Econômicos quanto no próprio plenário. É uma coisa que interessa a João Pessoa e à Paraíba. Mas ninguém tratou de assuntos políticos não, foram só assuntos administrativos”, declarou.

Processo de Impeachment

Raimundo Lira também comentou sobre a primeira reunião da Comissão de Impeachment realizada na manhã de hoje. “Foi uma reunião normal, administrativa, a gente apresentou o cronograma de trabalho e aí houve um pedido de vista, uma coisa prevista no Regimento, e então nós remarcamos a reunião para a aprovação do cronograma na próxima quinta-feira. Aí já vai ser uma reunião dentro do cronograma de funcionamento do processo judicial. No dia 1º é o final do prazo para a Comissão receber a defesa da presidente e vamos também receber as demandas dos senadores, oitivas, testemunhas e solicitação de documentos”, disse.

O senador afirmou ainda que as denúncias contra o senador Romero Jucá (PMDB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), não terão qualquer interferência no andamento dos trabalhos da Comissão. “Estas denúncias entram na discussão, como hoje ela chegou na comissão, houve uma questão de ordem do senador Lindberg Farias que propôs que a comissão suspendesse os trabalhos até o esclarecimento desses áudios, mas aí  eu respondi com uma nota técnica que não tem nada a ver com o andamento da comissão, então já de pronto rejeitei a questão de ordem”, explicou.
Créditos: Blog do Gordinho