A presidente Dilma Rousseff convocou o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, para uma reunião de emergência nesta segunda-feira (9) no Palácio do Planalto.
Ela vai discutir o posicionamento do governo sobre a decisão de anular a sessão que aprovou a abertura do processo de seu impeachment pela Câmara, assinada pelo presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA).
No domingo (8), Maranhão esteve com emissários do Planalto e com Cardozo. O principal aliado de Maranhão, o governador Flávio Dino (PC do B-MA), já admitiu ter aconselhado o deputado a buscar a anulação. Dino é aliado do Planalto.
Segundo interlocutores, Dilma disse que quer entender os eventuais desfechos e não quer errar na condução do cenário, para não gerar falsas expectativas. Eles não comentaram o papel do Planalto na elaboração da manobra desta segunda.
Além de Dilma e Cardozo participaram da reunião, que durou cerca de 1h30, o ministro Jaques Wagner (Gabinete Pessoal da Presidência) e Giles Azevedo, assessor especial da Presidência. Cardozo concederá uma entrevista coletiva ainda na tarde desta segunda-feira em nome do governo.
Cardozo é o autor do pedido que deu base para a decisão do pepista e que criou uma reviravolta no processo de afastamento de Dilma.
A presidente disse ter ficado sabendo da decisão de Maranhão na manhã desta segunda, durante evento no Palácio do Planalto, e, apesar da comemoração de aliados, pediu “cautela” e “tranquilidade” diante da decisão porque, segundo ela, “há ainda uma dura luta pela frente”.
Créditos: Folha de S. Paulo