Deputados do PT, do PCdoB, do Psol e da Rede entraram em obstrução na sessão desta terça-feira (26) do Plenário. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) explicou que o seu partido é contra qualquer deliberação da Câmara dos Deputados até que o presidente da Casa, Eduardo Cunha, instale a comissão especial que vai analisar o pedido de impedimento do vice-presidente da República, Michel Temer.
“Queremos que ele [Cunha] dê a essa matéria o mesmo tratamento que deu ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff”, disse Pimenta.
O deputado também cobrou um posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os pedidos de afastamento de Cunha da Presidência da Câmara. “Já faz 132 dias que esse pedido está parado no Supremo”, disse Pimenta.
O líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), acusou de hipócritas e cínicos os líderes partidários que, mesmo após terem pedido o afastamento de Eduardo Cunha, aceitaram que ele comandasse a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff. “Não é mais aceitável que ele continue na Presidência da Câmara”, disse.
Críticas à obstrução
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) criticou a estratégia de obstrução liderada pelo PT. “Classificar Michel Temer de golpista é um absurdo tão grande que avança pelas raias do ridículo. Se vocês pensam que não há crime praticado pela presidente Dilma Rousseff, como podem querer abrir um processo contra Temer. Sejam coerentes. Há ou não há crime?”, questionou Marun.
De acordo com a Agência Câmara Notícias, o deputado disse ainda que Temer não chegou à vice-presidência por acaso. “Foi eleito para estar preparado para assumir a presidência em caso de vacância”, acrescentou Marun. Em relação ao pedido de saída de Eduardo Cunha, Marun disse que a base do governo tem motivo para ter ódio do presidente da Câmara, porque ele deu início ao processo de afastamento da presidente.
Já o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), afirmou que o PT não acompanhou as legendas (PPS, PSDB, Psol, Rede e PSB) que, em novembro, pediram à Procuradoria-Geral da República o afastamento de Cunha. Bueno disse que o STF deve pautar a análise do assunto para a semana que vem.
Créditos: Notícias ao minuto