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À Polícia Federal, Breno Altman nega ser contato do PT com dono de jornal do ABC

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Em depoimento à Polícia Federal (PF), o jornalista Breno Altman, alvo de condução coercitiva na Operação Carbono 14, 27ª fase da Lava Jato, disse que “desconhece as razões” que levaram o empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André (SP), a comprar parte do Diário do Grande ABC e que não era contato do Partido dos Trabalhadores (PT) com ele.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o jornalista é amigo do ex-ministro José Dirceu e um dos principais pensadores do PT, sigla que se filiou em 1986. Ele afirmou que conhece Ronan e o ex-secretário da legenda, Silvio Pereira, desde os anos 80. Ambos foram detidos temporariamente na última sexta-feira (1/4).

Altman foi citado pela primeira vez na Lava Jato pelo doleiro Alberto Youssef, um dos primeiros delatores da Operação, que falou sobre um documento apreendido com a contadora Meire Poza, intitulado “Enivaldo confidencial”, que seria um contrato “referente a um proprietário de uma empresa de ônibus de Santo André/SP” que era guardado a “sete chaves”. O jornalista disse que conhece Enivaldo Quadrado desde os anos 1990, mas não tem negócios com ele e são apenas amigos.

A nova fase da Lava Jato apura um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões do Banco Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai, em outubro de 2014. As investigações indicam que R$ 6 milhões foram parar nas mãos de Ronan, que comprou o Diário do Grande ABC.

O operador do mensalão, Marcos Valério, disse, em depoimento à Procuradoria-Geral da República, em 2012, que Ronan teria chantageado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho. Também afirmou que poderia revelar novos nomes no caso Celso Daniel. O empresário teria pedido R$ 6 milhões para comprar 50% do jornal, que acompanhou o assassinato.

Fonte: Portal Imprensa
Créditos: Portal Imprensa