Declaração foi dada após PMDB oficializar rompimento com governo petista.
Presidente do Senado não participou do encontro que selou o desembarque.
Logo depois de o PMDB oficializar o desembarque do governo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que não participou da reunião, afirmou que espera que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff não chegue ao Senado.
“Eu acho que, se esse processo chegar no Senado, e espero que não chegue, nós vamos juntamente com o Supremo Tribunal Federal decidir o calendário. A Constituição prevê que esse julgamento aconteça em até seis meses”, afirmou Renan Calheiros, após ser questionado sobre a velocidade com a qual conduzirá o processo de impeachment da presidente, caso chegue ao Senado.
Em seguida, Renan Calheiros foi questionado pelos jornalistas sobre o motivo pelo qual espera que o processo não chegue e se defende a permanência de Dilma. Ele evitou responder e encerrou a entrevista.
Ausência
Em reunião na tarde desta terça-feira (29), o Diretório Nacional do PMDB decidiu, por aclamação, romper oficialmente com o governo da presidente Dilma Rousseff.
Na reunião, a cúpula peemedebista também determinou que os seis ministros do partido e os filiados que ocupam outros postos no Executivo federal entreguem seus cargos.
Renan Calheiros, que chegou ao Congresso Nacional cerca de uma hora após a decisão do partido, disse que não participou da decisão para não “partidarizar” o papel que exerce como presidente do Senado.
“Eu não compareci à reunião do PMDB para não partidarizar o papel que eu exerço como presidente do Senado Federal, da instituição. Eu acho, mais do que nunca, que a instituição deve ser preservada. É preciso encontrar isenção, independência, e esses são fundamentalmente os meus compromissos. Portanto, eu não vou comentar a decisão do PMDB, para não partidarizar o papel do Senado Federal”, disse.
O presidente do Senado limitou-se a dizer que o rompimento do PMDB foi “uma decisão democrática” do partido e “tem que ser levada em conta”.
Renan disse, ainda, que o momento político é “conturbado” e é necessário ter calma e bom senso.
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Fonte: G1
Créditos: G1