Câmara dos Deputados abre a sessão no Plenário para o processo de eleição dos integrantes da comissão especial encarregada de analisar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Após ajudarem a levar milhões de pessoas às ruas para atos pró-impeachment em centenas de cidades brasileiras, os grupos organizadores dos protestos centram agora suas atenções na pressão junto aos responsáveis pela votação do processo no Congresso. Os alvos são os parlamentares que não declararam explicitamente seu posicionamento a respeito do processo.
O grupo Vem Pra Rua, por exemplo, mapeou declarações públicas contra e a favor do impeachment feitas por parlamentares em suas redes sociais e páginas oficiais. A organização constatou que 148 deputados não se posicionaram publicamente sobre o tema. O grupo criou uma ferramenta para estimular seus apoiadores a pressionar os “indecisos” a se posicionarem de forma explícita sobre a questão.
De acordo com o Mapa do Impeachment, criado para tabular os dados disponíveis, se a votação do processo de impeachment fosse hoje a presidenta Dilma Rousseff teria garantida sua permanência no cargo. O grupo mapeou 244 deputados que declararam publicamente votarem a favor e 119 contra – o número mínimo para que o processo passe na Casa é de 342. De acordo com o estudo, no Senado, 34 parlamentares declararam publicamente serem a favor do impeachment, 26 disseram ser contra e outros 21 estariam indecisos. O número mínimo de votos no Senado para garantir o afastamento da presidenta é de 54. (AE)
Fonte: Estadão
Créditos: Estadão