A Assembleia Legislativa promoveu uma audiência pública nesta terça-feira (27) para discutir a Medida Provisória 178 que trata do contrato entre o Governo do Estado e a Cruz Vermelha para a administração do Hospital de Trauma de João Pessoa. O secretário de Saúde do Estado, Waldson de Souza, até foi à Casa mas saiu sem participar da discussão. A bancada de oposição se revoltou com a atitude e disse que pretende acioná-lo na Justiça por crime de responsabilidade.
A audiência começou a ser realizada no auditório da Assembleia, com a presença do secretário. No entanto, em função da quantidade de pessoas presentes o líder da oposição, deputado André Gadelha (PMDB), sugeriu que ela fosse transferida para o plenário. Com a mudança de local, Waldson se negou a participar da discussão.
Antes de se retirar, ele disse que não era obrigado a estar na Assembleia, pois o debate era sobre a legalidade e não sobre o mérito da MP. “Eu não estou aqui para servir de picadeiro para ninguém”, afirmou o secretário, dizendo que não ia participar de uma discussão política. Além dele, os deputados da bancada governista também se recusaram a continuar na audiência pública.
Confira o áudio:
“Ele se nega a discutir porque não era onde ele queria, isso não existe. Foi um chilique e ele vai ter de responder judicialmente pela ação dele”, disse o deputado Raniery Paulino (PMDB), autor da audiência pública. De acordo com o parlamentar, a bancada de oposição vai entrar com a ação por crime de responsabilidade contra Waldson.
Durante a audiência a deputada Daniella Ribeiro (PP) apresentou um requerimento à mesa da Assembleia pedindo punição a Waldson.”Isso foi um desrespeito à Casa e nós temos que tomar as atitudes cabíveis. Ele era obrigado a estar aqui”, acrescentou.
O evento da Assembleia contou com a presença do procurador do trabalho, Eduardo Varandas, do presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba, Tarcísio Dantas, do presidente do Conselho Regional de Medicina, João Medeiros,e também de integrantes do Fórum em Defesa do SUS e contra as privatizações. O dirigente da Cruz Vermelha, Edmon silva, foi convidado mas também não compareceu.