João Manoel de Carvalho
No momento em que o governador Ricardo Coutinho encerra sua visita a Cuba, onde comandou uma bem sucedida missão comercial, é lícito analisar alguns aspectos da iniciativa do
Chefe do Executivo paraibano, que tenta consolidar a posição de mercado exportador do Estado, tentando abrir para os paraibanos as portas do comércio exterior.
“Exportar é o que importa”, esse lema deve ter iluminado a mente do governante paraibano, que enxergou em Cuba, por ter uma economia acuada pelo embargo comercial que lhe foi imposto há mais de quarenta anos pelos Estados Unidos, e, em consequência revela-se carente de produtos, que são produzidos pela Paraíba.
E na medida em que consolidar a vocação exportadora do Estado, o Sr. Ricardo Coutinho está vislumbrando o objetivo de fortalecer a indústria paraibana e, paralelamente, criar emprego e renda para acudir as necessidades locais e contribuir pra conter o insidioso processo de empobrecimento do povo paraibano.
O lúcido pronunciamento do empresário Marcelo Abrantes, enfatizando a necessidade de as empresas paraibanas procurarem o mercado cubano, neste momento em que a Ilha caribenha anuncia uma abertura para o mundo, e, assim, gerar um histórico de confiança, aproveitando o excelente momento vivido pelas relações cubano-brasileiras e realizar os melhores negócios possíveis.
Marcelo Abrantes aposta fundo no mercado de alimento, em função de a produção agroindustrial de Cuba ser reduzida a carecer de abastecimento externo, e faz da compra de alimentos uma das prioridades daquele país, já que o Governo cubano subsidia uma cesta básica para todos os habitantes da Ilha. “Há, pois, muito espaço para exportar milho, cana-de-açúcar, arroz, entre outros bens de consumo”, diz o empresário.
Outro, no entanto, é o pinto de vista do consagrado economista Nelson Rosas Ribeiro, para que as possibilidades de exportação para Cuba são enormes, pois a Ilha não dispõe de um parque industrial capacitado para atender a demanda interna, e tampouco tem uma produção agrícola compatível.
Nelson Rosas acha que poderíamos exportar tudo para lá, já que nossa indústria, apesar dos pesares, produz tudo o de que eles precisam, mas, mesmo assim, não considera promissor o mercado cubano e admite que há mercados na América Latina com muito mais potencial do que o cubano.
Há grandes oportunidades para os empresários paraibanos em vários setores, segundo explicita o secretário de indústria do Estado, Marcos Procópio, no campo da cerâmica, minérios, calçados, produtos agroindustriais entre outros.
Como se vê, é de todo pertinente e oportuna a missão comercial empreendida pelo governador do Estado não só como estimulante para a vocação exportadora da Paraíba, como pelos pressupostos de fortalecer a economia paraibana ,contribuir para a geração de emprego e renda no Estado.
Mistério
Há um mistério embutido nas relações políticas entre a Presidente da República, Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alkmin, um expoente da direita brasileira e um inimigo histórico do Partido dos Trabalhadores, no Estado de São Paulo. As relações entre os dois estão sendo vistas como extremamente amistosas, que ultrapassamos limites do relacionamento pessoal e administrativos e passam a sugerir até desdobramentos políticos na vida pública brasileira.
Indefinição
O quadro sucessório municipal em João Pessoa permanece totalmente indefinido. Há muitos candidatos e poucas propostas. Cada candidato cuida de preparar sua eleição e ninguém se mostra preocupado com o interesse público. Salvo o prefeito Luciano Agra, que disputa a reeleição por estar à frente do Poder e ser do seu mister propor soluções para a cidade, ninguém ousou formular soluções para a Capital, nos próximos anos, em seus problemas básicos e que exigem providências mais urgentes.