O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou, nesta sexta-feira, nota à imprensa em que acusa haver um uso político do caso dos pagamentos feitos a ex-amante dele, Mirian Dutra, no exterior. Para FH, essa é uma “questão pessoal”.
O tucano voltou a dizer que não cometeu nenhuma ilegalidade ao enviar recursos para fora do país para custear o filho de Mirian, Tomás, que ele acreditou ser dele até alguns anos atrás.
“O presidente Fernando Henrique Cardoso reafirma que nunca utilizou qualquer empresa, exceto bancos, para a remessa de recursos a pessoas no exterior. Todas as remessas internacionais que realizou obedeceram estritamente a lei, foram feitas a partir de contas bancárias declaradas e com recursos próprios resultantes de seu trabalho. Não tem fundamento, portanto, qualquer ilação de ilegalidade. O presidente lamenta o uso político de uma questão pessoal”, diz a nota.
Na quinta-feira, o ex-presidente divulgou uma primeira nota sobre as declarações da ex-amante para o jornal “Folha de S.Paulo de que ela assinou um contrato fictício de trabalho com a empresa Brasif para receber recursos de FH no exterior. O tucano disse, na ocasião, que não se manifestaria sobre o contrato até que a empresa preste informações.
A Brasif S.A. Exportação e Importação negou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tenha participado da contratação da jornalista Mirian Dutra, com quem ele manteve um relacionamento extraconjugal.
Nesta sexta-feira, a Brasif S.A. Exportação e Importação negou que o ex-presidente tenha participado da contratação da jornalista Mirian Dutra, com quem ele manteve um relacionamento extraconjugal.
Também nesta sexta, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que as denúncias serão analisadas por uma área técnica do ministério. Cardozo disse que o suposto envio de recursos para o exterior pelo ex-presidente deve ser avaliado por um estudo técnico e jurídico, com o objetivo de se determinar eventual ocorrência de delito. Se comprovado indício de crime, segundo ele, a Policia Federal realizará uma investigação mais aprofundada.
Fonte: O Globo