João Pessoa registrou o sexto menor valor cobrado pela cesta básica no mês de janeiro entre as capitais dos estados brasileiros. Conforme pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta terça-feira (16), o preço médio da cesta básica cobrado na capital paraibana no mês passado foi de R$ 349,75, representando um aumento de 7,7% no valor pesquisado em dezembro de 2015, quando a média era de R$ 324,73.
Ainda de acordo com o Dieese, para adquirir uma cesta básica em João Pessoa, um trabalhador precisaria gastar cerca de 43% do salário mínimo líquido, ou trabalhar por aproximadamente 87 horas e 26 minutos no mês. A cesta básica pessoense só não é mais barata que as das capitais Salvador, Recife, Rio Branco, Maceió e Natal, sendo a última mais barata.
Em janeiro, houve predominância de alta em todos os produtos nas cidades pesquisadas, com destaque para o feijão, tomate, óleo de soja, açúcar, banana, carne e batata. Houve aumento de preço do feijão em 26 cidades, uma vez que apenas Florianópolis (-2,86%) não registrou alta. Todas as capitais registraram alta no óleo de soja, exceto Macapá (-0,80%).
O principal vilão do aumento do preço da cesta básica de João Pessoa foi o açúcar, que registrou um aumento de 12,79%, em relação ao de dezembro. Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de Brasília, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em janeiro de 2016, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.795,24, ou 4,31 vezes mais do que o mínimo de R$ 880,00. Em dezembro de 2015, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.565,30, ou 4,52 vezes o piso vigente (R$ 788,00).