Conhecido por transmitir doenças como a dengue, chikungunya e recentemente o zika vírus, o mosquito Aedes aegypti agora também é responsável pela dirofilariose canina, chamada popularmente de “verme do coração”.
A infecção ataca principalmente os cães, mas pesquisas recentes também mostram que gatos e outros animais domésticos podem ser atingidos pelo parasita que se instala no sangue do animal e segue até o coração, alterando a pressão sanguínea e causando a morte.
O coração dos cachorros, segundo especialistas, pode abrigar até dez ou mais larvas que atingem 20 centímetros de comprimento. Elas vivem alojadas por até três anos em média.
Por ser uma doença de comportamento silencioso, visto que o animal não apresenta sinais claros de contaminação, normalmente é descoberta em estágio muito avançado, impedindo o sucesso de qualquer tratamento.
Cansaço excessivo, dificuldade de se locomover e tosse sem motivo aparente representam alguns dos principais sintomas que podem ser observados pelos tutores.
Animais que vivem próximos a córregos, represas, lagos e praias merecem atenção especial por parte de seus cuidadores. A prevenção pode ser feita através de medicação apropriada, receitada por médicos veterinários, porém o tratamento oferece alto risco se realizado tardiamente.
Outra forma de prevenir a picada do mosquito, conforme orientação dos especialistas, é através da aplicação de um inseticida canino, cuja eficácia comprovada atinge cerca de 97%, e a durabilidade chega a mais de 30 dias.
Os litorais dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, além da região Nordeste, estão entre as áreas com maior incidência de casos de dirofilariose no Brasil. No Grande ABC, os cuidados valem para moradores de regiões próximas à represa Billings como o distrito do Riacho Grande, em São Bernardo.
Eliminar os pontos de criação do Aedes aegypti ainda continua sendo a melhor forma de impedir a reprodução do mosquito, evitando assim a contaminação de humanos e animais com as doenças que o inseto transmite.