Um escândalo sexual movimenta o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Um inquérito policial militar apura a acusação de que um suboficial praticou sexo oral em um cabo, sem o consentimento dele, em um dos leitos do Hospital Central Aristarcho Pessoa (HCAP), no Rio Comprido, na madrugada de 14 de novembro do ano passado. As investigações esbarram nos crimes de estupro ou de ato libidinoso, do Código Penal Militar. As penas variam de seis meses a 10 anos de prisão.
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Por enquanto, os dois militares estão só enrolados. Colocados frente a frente no dia 28 de dezembro, eles apresentaram versões sobre o sexo oral, o que aponta, no mínimo, para uma transgressão disciplinar da dupla, que mentiu durante os depoimentos. A conclusão do caso será enviada ao Ministério Público, que atua junto à Auditoria da Justiça Militar.
A história começou quando o cabo passou mal durante o serviço e foi buscar socorro no hospital da corporação. Segundo ele, os atos libidinosos começaram a ser praticados quando ainda estava dormindo. Mas o suboficial sustenta que não. Ele alega que o cabo já havia se insinuado outras vezes e que apenas cedeu aos desejos dele.
O enlace dos dois fica ainda mais mal explicado porque o cabo garantiu, ao ser ouvido no inquérito, que não havia pedido para ficar sozinho no quarto da unidade. A declaração foi desmentida por uma oficial que trabalha no hospital. O praça ainda sustentou que tomou medicamentos levados pelo seu suposto algoz sexual. O suboficial não nega ter mantido sexo oral com o cabo. Assume a relação. E mais: alegou que teve o consentimento do colega de farda. Na trama, os investigadores continuam perdidos porque não sabem quem falou a verdade porque o sexo oral foi praticado quando os dois estavam sozinhos no quarto.
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que o inquérito apontou indícios de cometimento de crime de ato libidinoso por parte do suboficial. O julgamento dos militares é feito pela Auditoria de Justiça Militar, que vai receber o inquérito realizado pela corporação. Antes, porém, o procedimento passará pelo crivo do Ministério Público que atua junto ao órgão.
O Dia