TRIPLEX DE LULA: Polícia Federal realiza nova fase da Operação Lava-Jato em São Paulo e Santa Catarina

Batizada de Triplo X, essa etapa apura suspeitas de corrupção, fraude, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, entre outros crimes (Foto: Divulgação)
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A PF (Polícia Federal) iniciou na manhã desta quarta-feira (27) mais uma fase da Lava-Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. A 22ª etapa da operação tem como foco a empresa offshore Murray, sediada no Panamá, que detém a propriedade de um triplex no mesmo condomínio que a construtora OAS havia reservado um triplex para a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula, na praia de Astúrias, no Guarujá (SP).

Essa etapa da operação mira em negócios da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). O objetivo é descobrir se a offshore foi utilizada pela OAS para lavagem de dinheiro. Estão sendo cumpridos seis mandados de prisão, dois de condução coercitiva e 15 de busca e apreensão. As diligências ocorrem nas cidades de São Paulo, Santo André (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Joaçaba (SC). Os alvos são investigados que abriram empresas offshore e contas no exterior, além de terem ocultado patrimônio por intermédio de um empreendimento imobiliário.

Além dos procuradores da Lava-Jato, a Promotoria de Justiça de São Paulo também apura os negócios da Bancoop. O ex-presidente Lula é alvo de investigação sobre a legalidade da transferência de empreendimentos da cooperativa habitacional para a OAS em 2009.

A OAS, que teve alguns de seus executivos condenados em uma sentença da Lava-Jato, pagou por reformas feitas em 2014 no triplex reservado à família de Lula. As modificações incluem a instalação de um elevador privativo. Lula adquiriu em 2005 com sua mulher, Marisa Letícia, uma cota de participação da Bancoop, quitada em 2010, referente ao imóvel na planta.