Governo americano pode emitir alerta contra viagens ao Brasil por vírus zika, diz jornal The New York Times

Esta seria a primeira vez que o Centro de Controle de Doenças tomaria uma atitude do tipo

O vírus zika, que vem afetando diversas pessoas no Brasil e causando problemas para as mulheres grávidas, já que sua ocorrência foi ligada a casos de microcefalia, ganhou destaque no portal do jornal norte-americano The New York Times nesta quinta-feira (14). De acordo com a publicação, o CDC (Centro de Controle de Doenças) dos Estados Unidos pode emitir um alerta para as mulheres grávidas evitarem regiões afetadas pelo surto da doença.

Esta pode ser a primeira vez que o CDC aconselha as mulheres grávidas a evitar uma região específica durante um surto.

O jornal diz que especialistas em doenças infecciosas do país acreditam que o aviso “é garantido”, e que a ação pode ter “um efeito devastador” no turismo dos países afetados. De acordo com a publicação, o porta-voz do CDC, Thomas Skinner, afirmou que a agência espera fazer um anúncio entre hoje e amanhã (15).

— Nós não podemos tomar essas decisões em um vácuo. Estamos consultando outros especialistas de fora.

Apesar de o aviso inicialmente se aplicar apenas ao Brasil, a medida poderá também afetar outros países localizados na região tropical da América Latina e do Caribe.

Segundo o The New York Times, até o momento, foram encontrados casos do vírus zika em 14 países da região: Brasil, Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Porto Rico, Paraguai, Suriname e Venezuela.

Transmitido pelo Aedes aegypti, o vírus zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015.

O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre de 2015, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito.

R7