Siamesas baianas passam por cirurgia de separação

 

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As gêmeas siamesas baianas Júlia e Fernanda Neves, de 5 meses, passam por uma cirurgia de separação na manhã desta quarta-feira, 13, no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. As irmãs, que nasceram em Itamaraju, no interior da Bahia, são unidas pelo tórax e abdômen. Elas também compartilham o fígado e uma membrana do coração.

A cirurgia começou às 9h15 e a expectativa é que dure pelo menos oito horas. Cerca de 15 profissionais participam do procedimento, entre cirurgiões pediátricos, anestesistas, ortopedistas, médicos intensivistas, cirurgiões plásticos, cirurgiões vasculares, pediatras, enfermeiros e cardiologista.

O cirurgião Zacharias Calil, responsável pela operação, disse que as meninas precisavam ser separadas o quanto antes, porque elas compartilham o fígado, o que faz com que a bebê maior (Fernanda) absorva os nutrientes da outra, atrapalhando o desenvolvimento de Júlia.

Calil explicou que o caso delas é mais simples do que dos gêmeos Arthur e Heitor, que foram separados em fevereiro do ano passado. Eles eram unidos pelo tórax, abdômen e bacia e compartilhavam o fígado e genitália. Heitor se recuperou bem e voltou para casa no interior da Bahia, mas Arthur não resistiu ao procedimento e morreu três dias após a separação.

Além deles, as baianas Maria Clara e Maria Eduarda também passaram pela operação em setembro de 2015. As meninas eram unidas pelo abdômen e compartilhavam o fígado e uma membrana do coração. Elas se recuperaram bem após a separação.

O HMI é referência no parto, tratamento e separação de siameses no Brasil. Foram realizadas 16 cirurgias em 14 anos na unidade.

 

A Tarde