Começam as manifestações contra reajuste de passagens de ônibus

Rio de Janeiro e SP já tiveram veículos depredados

imageManifestantes fizeram um protesto na noite desta sexta-feira contra o reajuste de R$ 0,40 nas passagens de ônibus do Rio. A tarifa foi reajustada de R$ 3,40 para R$ 3,80. O clima ficou tenso no Centro da cidade, e a segurança precisou ser reforçada. Algumas pessoas, ao se aproximarem da Central do Brasil, atiraram bombas em uma base da Guarda Municipal. Os agentes revidaram. A Central do Brasil ficou com as portas fechadas por cerca de 10 minutos. Por volta das 20h20m, uma das entradas já havia sido aberta para a circulação de pessoas. Um ônibus foi depredado no local. Um outro grupo teria ateado fogo em lixo.

Nos fundos da Central do Brasil, o Terminal Américo Fontenelle também foi fechado pelo protesto. Trabalhadores que retornam para casa ficaram assustados e, também, alguns pais com crianças. Um homem passou mal no local e outro foi ferido. Nenhum foi identificado.

A Rua Bento Ribeiro ficou bloqueada, conforme informou o Centro de Operações (COR) da prefeitura. No local, havia presença de policiais militares do Batalhão de Choque e da Polícia montada, além de guardas municipais na via.

A pista lateral da Avenida Presidente Vargas, na altura da Central, no sentido Praça da Bandeira, pouco depois das 21h. A pista central da avenida foi desbloqueada mais cedo.

Por volta das 20h30, o trecho da Praça da República da Avenida Presidente Vargas, no sentido Candelária, chegou a ser fechado momentaneamente; mas já foi liberado em seguida.

O grupo, formado por centenas de pessoas, a maioria jovens, iniciou o ato na Cinelândia, onde ocorreu a concentração do protesto. Eles chegaram a bloquear vias como a Avenida Presidente Antônio Carlos e Rua Primeiro de Março. A segurança da região foi reforçada.

Em uma das faixas, manifestantes sugeriram repetir os atos de junho de 2013, que reuniram milhares de pessoas nas ruas do Rio. Por volta das 17h50m, o grupo fazia uma votação para decidir o trajeto do ato, que seguiu em direção à Central do Brasil.

O protótipo do veículo sobre trilhos (VLT), em exposição na Cinelândia, foi protegido com tapumes para evitar depredações. A segurança também foi reforçada na entrada da estação de metrô da Cinelândia.

O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) e a Coordenação de Defesa Criminal da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro acompanhou o ato. De acordo com o órgão, defensores estiveram de sobreaviso na rua e na 5ª DP (Praça da Harmonia), no Centro, para prestarem assistência jurídica aos manifestantes, para o caso de detenções indevidas ou outros tipos de violações de direitos humanos e de direito à manifestação.

Segundo o COR, por volta das 19h30m, o trânsito ficou impactado no Centro, devido às interdições na região. A movimentação ficou complicada na Rua 1° de Março e Avenida Presidente Antônio Carlos, sentido Candelária, ao longo da via; Avenida Beira-Mar, sentido Avenida Presidente Antônio Carlos, desde a Rua Teixeira de Freitas.

O panorama era similar nas avenidas Marechal Câmara, Franklin Rooselvelt e Almirante Barroso, sentido Avenida Presidente Antônio Carlos. O quadro não era diferente nas ruas Santa Luzia, Araújo Porto Alegre e Evaristo da Veiga.

O Globo