A última sessão do ano da Assembleia Legislativa começou sob um clima tenso entre os deputados que estão na expectativa para votar a Lei do Orçamento Anual para o exercício financeiro de 2016 e o Projeto de Instalação do Tribunal de Contas dos Municípios, que acabou com emenda da bancada do PSB derrotada na Comissão de Constituição e Justiça da Casa.
A emenda daria suporte a uma futura discussão sobre o TCM já que estaria assegurada dentro do Plano Plurianual do Governo do Estado.
A votação foi por 4 x3 e contou com um voto de um governista, o deputado Bosco Carneiro (PSL), que alegou que a construção de um órgão seria incompatível com o momento atual em que o Estado vive diante da crise financeira que assola o país.
Carneiro já havia externado o seu posicionamento em relação ao TCM e era tido como um voto certo da base governista. Contudo, na sessão da CCJ, o deputado resolveu acompanhar os membros da oposição que compõem a comissão: Bruno Cunha Lima (PSDB), Tovar Correia Lima (PSDB) e Frei Anastácio (PT).
Para o deputado Tovar Correia Lima, a derrota do projeto na CCJ foi uma vitória para a bancada da oposição.
O projeto ainda vai ao Plenário para votação final, mas o deputado acredita que não vai ter força para ser aprovado.
Logo no primeiro expediente, a deputada Daniella Ribeiro (PP) assumiu a Tribuna para dizer que o projeto do TCM seria para beneficiar alguns parlamentares, o que culminou num bate-boca com o líder do governo, Hervázio Bezerra (PSB). Ele pediu para que a deputada desse nomes aos bois.
A discussão tomou conta do Plenário e o deputado José Aldemir (DEM) e o deputado Anísio Maia (PT) também bateram boca por conta do TCM.
Maia disse que fazia parte do governo, mas não fazia conchavos para agradar A ou B e que sempre esteve contra as indicações políticas, pois era a favor do concurso público.
Paraiba Online