Mesmo proibidas, as linhas chilenas deixam um histórico de mortes no Brasil. A cada ano, segundo a Associação Brasileira de Motociclistas, cerca 125 pessoas morrem eletrocutadas — quando o objeto atinge a rede elétrica — ou cortadas. Dessas, 30 são pilotos de moto.
No último domingo, a vítima foi Maria de Lourdes Lopes Costa, de 36 anos. Ela passava pela Linha Vermelha quando foi decapitada. Segundo o perito Levi Inimá, ex-chefe de Medicina Legal do Hospital Central do Exército, só a linha chilena seria capaz de um corte daquele. A Polícia Civil não confirma a causa da morte.
No Rio, uma lei municipal proíbe a venda e o uso da linha chilena. A punição é uma multa de R$ 2 mil que pode aumentar 50 vezes em caso de reincidência. A fiscalização é feita mediante denuncia aos fiscais da Secretaria municipal de Ordem Pública. “É importante o apoio da população denunciando a comercialização dessa linhas chilenas através do 1746”, pediu o órgão.
A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) repreende a produção e o armazenamento da linha chilena baseando no artigo 56 da lei de crimes ambientais. O texto é sobre “substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana” e a pena é de um a quatro anos de prisão mais multa.
Apesar de proibido, não é difícil encontrar o produto à venda pela internet. Em um dos sites, o produto é descrito com “uma linha poderosa e pronta para combate”.
Jornal Extra