TODOS POR UM: Até quando os 'homens de ouro de Cunha' vão manter discurso de defesa?

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Com o pedido de impeachment finalmente na agulha, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) ainda tem uma cruzada pessoal para resolver antes de mandar a presidente Dilma Rousseff para o cadafalso. O ataque deve contar com uma boa defesa na retaguarda e esse é um momento de definição de times. Na Paraíba são quatro nomes que podem confirmar uma aliança com Cunha e cuja fidelidade se confirmará com a votação dos deputados sobre a continuidade do processo de impeachment.

Os quatro parlamentares estarão apostando suas carreiras políticas ao tentar salvar a carreira de Cunha, são apostas altas, que podem resultar num cenário desastroso para todos, principalmente se o deputado for cassado. Quem se dispõe a apostar tão alto não deve estar garantindo-se em um blefe, quem apostar em Cunha deve ter um ótimo jogo na mão ou cartas na manga.

As amabilidades entre Hugo Motta (PMDB) e Cunha eram claras. Os dois foram vistos juntos em jogos de futebol e shows de rock. Motta contratou a empresa da filha de Cunha para sua assessoria de marketing e um suposto romance foi cogitado. Apesar de defender o amigo, Hugo já sinalizou que seu voto será contra a queda de Dilma.

Manoel Júnior (PMDB) pediu a cabeça de Dilma, depois mudou de ideia quando foi acenada a possibilidade de ser Ministro da Saúde, mas deve voltar a disposição inicial a favor do impeachment da presidente. O deputado do PMDB defendeu que Eduardo Cunha não mentiu à CPI da Petrobras ao dizer que não tinha contas no exterior e também afirmou que o Ministério Público não conseguiu provar se os recursos do truste do qual Cunha é sócio são ilícitos ou não. Está sendo um escudo ativo no Conselho de Ética que julga Cunha, mas seu posicionamento sobre impeachment dependerá de conversa com o partido.

Para Wellington Roberto (PR), as condutas do presidente não causaram danos à Câmara Federal. Welligton chegou a pedir um voto em separado do parecer propondo a admissibilidade do processo e que o presidente da Casa seja penalizado com censura política. O deputado afirmou que não vai prejulgar e cassar para “dar satisfação à sociedade”. Ele explicou que há uma tendência para julgamentos sumários antes que todas as informações estejam esclarecidas. Essa declaração foi feita depois de constatado o dinheiro não declarado de Cunha fora do país.

Benjamim Maranhão (SD) votou em Cunha para a presidência da Câmara e não deve largar a parceria política. Mas esse posicionamento só veio à tona depois do conselho de ética, nos bastidores o deputado trabalhou ativamente na defesa de Eduardo Cunha. O parlamentar tem a aprovação de Paulinho da Força, deputado pelo estado de São Paulo e colega de partido de Benjamim, que é defensor ferrenho de Cunha.

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