A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (26) 58 mandados judiciais contra empresários comerciantes de joias e autônomos, suspeitos de comércio ilegal de pedras preciosas e minérios. Além de Goiás, onde duas pessoa já foram presas, a Operação Soldner também é realizada no Distrito Federal, em São Paulo, Minas Gerais, Pará, Pernambuco e Tocantins.
A corporação começou a investigar a quadrilha há dois anos, após receber denúncia de que integrantes vendiam urânio, material radioativo, para grupos extremistas, que estariam ligados a ações terroristas. Essa questão ainda é apurada pelos policiais, mas a suspeita é que o grupo tenha movimentado cerca de R$ 500 milhões.
Segundo a PF, os suspeitos agiam desde a exploração das pedras preciosas e minérios até a exportação do produto. De acordo com as investigações, esse material saía do Brasil, passava por Portugal, Bélgica e Israel até chegar a Dubai.
A organização criminosa é dividida em dois grupos. O primeiro era responsável pela comercialização ilegal das pedras preciosas. Já a outra parte seria composta por autônomos e pequenos empresários que comercializavam, mediante fraude, títulos da dívida pública e moeda estrangeira, em transações financeiras envolvendo bancos venezuelanos. Os investigadores suspeitam que o comércio de moedas e títulos estaria vinculada à lavagem de dinheiro do grupo.
Os integrantes da quadrilha podem responder por crimes como usurpação de matéria prima da União e formação de organização criminosa. As penas, somadas, podem chegar a 37 anos de prisão.
G1