‘Não queremos retomar guerra fria, muito menos quente com a Rússia”, disse Carter e ressaltou que EUA irão defender interesses de aliados
Em exposição durante o Fórum Nacional de Defesa na biblioteca Presidente Ronald Regan, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, acusou, neste sábado (07/11), a Rússia de estar comprometendo a ordem mundial com as incursões que o país euroasiático realizou na Ucrânia. Ele ressaltou também que Moscou está realizando “atividades desafiadoras” no mar, no ar, no espaço e no ciberespaço e que os EUA estão se preparando para responder às provocações.
A China também foi criticada por Carter por estar expandindo sua influência e poderio militar, mas o foco da fala do secretário foi o país comandado por Vladimir Putin.
Assim, Carter ressaltou que os Estados Unidos estão tomando medidas para conter as agressões russas e provocações na Europa e no Oriente Médio, em alusão direta ao ocorrido na guerra civil na Ucrânia e no envio de tropas para a Síria.
“Nós não queremos retomar uma guerra fria, muito menos quente com a Rússia”, disse Carter, que acrescentou: “não consideramos a Rússia um inimigo. Mas não se enganem, os Estados Unidos irão defender seus interesses e de nossos aliados, o princípio da ordem mundial e um futuro positivo para todos nós”.
Ele ressaltou ainda que o país está tomando uma série de medidas para reduzir a vulnerabilidade dos aliados e parceiros com relação à ex-potência soviética, mas “nem todos os passos desse processo podem ser descritos publicamente”.
Para isso, os Estados Unidos estão modernizando seu arsenal nuclear e investindo em tecnologias que “são mais importantes [para responder] às provocações da Rússia, incluindo sistemas não tripulados e um novo bombardeio de longo alcance”. Carter não detalhou, no entanto, as tecnologias que serão empregadas, mas as descreveu como “surpreendente”.
Apesar de acusar a Rússia de intervenções – na Ucrânia e na Síria -, Carter ressaltou que os Estados Unidos seguirão posicionando tropas e tanques de combate na Europa, que o governo ucraniano continuará recebendo equipamentos, treinamento e auxílio e que a Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) será reforçada.
UOL