“Professor apenas ensina e advogado faz”, desdenha candidato a presidente da OAB-PB
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Coluna
Sempre aos domingos, Por Messina Palmeira - 29/09/2024
Messina Palmeira Dias reside em João Pessoa, e atualmente divulga acontecimentos políticos e socioculturais em sua coluna no portal Polemica Paraíba. Trabalha como assessora de imprensa e colunista da Revista. Ela também realiza festas, a exemplo da entrega do Troféu Maria da Penha.
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Vítimas de descumprimento do piso salarial nacional determinado pelo MEC e alvo de crescente desvalorização profissional, os professores tiveram a sua atividade ainda mais desqualificada pelo candidato da situação a presidente da OAB-PB, Carlos Frederico, durante debate promovido pela TV Master, disse Paulo Maia.
Ao responder indagação por que a atual gestão da OAB não mandou para a Assembléia Legislativa ou ao Executivo o anteprojeto de redução de custas, elaborado por Odon Bezerra em 2010, ele acusou o também candidato Paulo Maia de desconhecer o seu trabalho no Conselho Federal, pois teria batalhado para o envio de anteprojeto do Conselho Federal ao Congresso Nacional, via CNJ.
De forma didática, Paulo demonstrou que as custas são espécies tributárias, classificadas como taxas, e que de acordo com a CF a competência é concorrente entre União e Estado, cabendo a esta apenas a edição de normas gerais. E como estas não foram editadas, a competência é plena do estado da Paraíba, sendo a iniciativa do Poder Legislativo ou do Executivo, prelecionou.
Na réplica, o candidato Frederico, transtornado, ridicularizou a qualidade de professor de Paulo Maia, afirmando que “Professor apenas ensina e advogado faz”, e que, como advogado, ele “iria saber fazer”, num claro desrespeito ao professor.
Desrespeito ao candidato
A falta de educação, aliás, foi manifestada por partidários de Carlos Frederico, através de xingamentos e apupos ao candidato Paulo Maia, o que motivou a suspensão do debate por alguns minutos pelo mediador e apresentador Alex Filho. “Assim nós vemos a advocacia que não queremos. A que não respeita os candidatos, que não tem educação doméstica para se comportar em público”, reagiu Paulo.
Ele considerou a Escola Superior de Advocacia um importante instrumento de qualificação e aprimoramento do advogado, onde deva constar o ensino da cordialidade e da urbanidade, do respeito às ideias e à democracia. “Reconhecemos a sua importância e iremos interiorizar as ações, estendendo-as a todas as subseções do Estado da Paraíba, ampliando a gama de cursos que ela tem, inclusive os gratuitos”, concluiu.
