Quatro abalos foram registrados antes da tragédia em Mariana

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Quatro tremores de terra de pequena intensidade foram registrados no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região central de Minas, poucas horas antes e durante o rompimento de duas barragens na tarde da última quinta-feira (5). De acordo com o Observatório Sismológico da UNB (Universidade de Brasília), os dois mais fortes foram sentidos pela população.

Segundo a instituição, os tremores  mais significativos foram verificados às 14h12 e, logo em seguida, às 14h13, com 2,7 e 2,5 graus de magnitude, respectivamente. Já durante o acidente, outro abalo mais fraco, de 1,9, foi registrados. O professor do observatório, George Sand França ressalta, no entanto, que não é possível comprovar se os abalos motivaram os desmoronamentos.

— O que sabemos é que estes tremores foram de magnitude pequena, não era para ter danos na barragem. São necessários estudos para dar a informação com mais clareza se eles causaram a explosão ou se foram causas naturais. Não temos como afirmar se foram os causadores do rompimento das barragens porque não estudamos a estrutura do local.

 

A lama contaminada já atingiu as cidades de Barra Longa e Paracatu. Além disso, por volta de 6h30 desta sexta-feira (6), o Rio Doce, que banha Minas Gerais e Espírito Santo, já apresentava rejeitos de minério de ferro. Até o momento, o Corpo de Bombeiros confirmou uma morte, quatro feridos e 13 desaparecidos, mas o número pode subir. Estão sendo utilizados três helicópteros e duas retroescavadeiras para auxiliar nos trabalhos de busca e resgate das vítimas.

Aproximadamente 500 pessoas já foram retiradas do local pelos militares. Muitas vítimas precisam passar por um processo de descontaminação com água e sabão antes de serem encaminhadas para o hospital e pontos de acolhimento dos desabrigados. R7