João Manoel de Carvalho
Parece, por todos os títulos, louvável e oportuna a iniciativa do governador Ricardo Coutinho de promover uma viagem à Cuba, nono início deste mês de setembro e intensificar a vocação comercial da Paraíba, além das fronteiras do país.
Segundo economistas acreditados, Cuba tem muito a ver com a Paraíba inclusive no que diz respeito a negócios, particularmente no campo das importações e exportações, em que os interesses recíprocos se acasalam em benefício dos objetivos econômicos e comerciais da ilha caribenha e do nosso Estado em particular.
A iniciativa de intensificar em Cuba o mercado externo exportador e importador parece ser também uma ação inédita do governo paraibano, que soube enxergar naquela ilha do Caribe o ponto bastante propício para expandir os nossos negócios e colocar os nossos produtos de exportação.
Na medida em que o governador Ricardo Coutinho cuida de expandir o processo de comercialização do nosso parque industrial, ele, ao mesmo tempo, complemente o seu projeto básico de governo, alicerçado no Programa Empreender, que implementou, inicialmente, na sua gestão à frente da Prefeitura de João Pessoa e, logo ampliou para todo o Estado, após eleger-se no ano passado e assumir o governo, a 1º de janeiro de 2011.
Procurando ampliar e diversificar os mercados exportadores do Estado no exterior para colocar os nossos produtos de exportação, o governador Ricardo Coutinho estimula o setor produtivo industrial e artesanal da Paraíba e simultaneamente, promove um incremento significativo na geração de emprego e renda e na obtenção de divisas para o nosso exauridoe debilitado Tesouro Estadual.
Também essa iniciativa se compatibiliza com os desígnios de sua administração de promover um combate sem tréguas contra o assombroso processo de empobrecimento que acomete o povo paraibano, há várias décadas.
A opção do Chefe do Governo por Cuba para promover e chefiar uma missão comercial paraibana no exterior é igualmente louvável, na medida em que simplesmente ignora e despreza os preconceitos de natureza ideológica, que contagiaram o mundo, após a decretação de um insano bloqueio comercial decretado pelos Estados Unidos me cegamente obedecido pelos países ricos do resto do mundo.
Qualquer analista ou observador, com um mínimo de isenção, haverá de reconhecer a importância da missão comercial comandada pelo governador Ricardo Coutinho a Cuba e os efeitos benéficos que certamente advirão de iniciativa tão auspiciosa para os interesses econômicos e sociais e que marcará, sem dúvida, a presença altiva do nosso Estado no exterior.
Uma lástima
É simplesmente desalentadora a falta de projetos e de iniciativas das lideranças políticas do Estado, que não apresentam qualquer programa capaz de compatibilizar-se com o interesse público e despertar o mínimo de atenção por parte da população. O resultado disso é um vazio profundo que passa a dominar a vida política paraibana. Nossas diferenças se fecham ensimesmados por interesses pessoais e eleitorais imediatos e, simplesmente, ignoram os fundamentos básicos de seus deveres e obrigações inerentes ao exercício de seus respectivos mandatos e a responsabilidade de promoverem, acima de tudo, o bem comum. Uma lástima!…
Dilma e a miséria
É impressionante a fixação da presidente Dilma Rousseff com relação ao combate à miséria no Brasil. Nem mesmo o próprio Lula, que retirou da miséria quase 30 milhões de brasileiros, foi tão contundente ao expor a realidade social do país e transmitir à opinião pública a sua disposição de reduzir a pobreza e a miséria e, se possível, retirá-la de vez da geografia social da nação. Essa preocupação da presidente deveria mobilizar todos os brasileiros para a luta pela erradicação dos bolsões de pobreza ainda existentes que levam milhões de brasileiros ao sofrimento e à amargura num país tão rico e ainda tão injusto e desigual.
Frase
“Apesar das crises, nunca os lucros financeiros foram tão elevados em comparação com a atividade produtiva. Os governos estão todos colocados nas mãos das finanças internacionais. E isso expressa uma doença mundial criada pelo neoliberalismo e pela dominação das finanças sobre tudo o mais” (François Chenais, economista e filósofo francês)