Um homem de Campina Grande conseguiu na quarta-feira (21) a autorização judicial para adotar o filho de 8 anos do companheiro homoafetivo dele. A decisão foi da juíza da Vara da Infância da Comarca de Campina Grande, Adriana Lóssio. Esta é primeira vez que alguém consegue essa autorização na cidade.
Segundo a juíza, a criança foi abandonada pela mãe ainda na maternidade e foi criada pelo pai biológico e pelo companheiro, que solicitou a autorização de adoção. A criança já tinha laços afetivos desenvolvidos com o parceiro do pai, de acordo com a decisão.
“Esse sentimento é transformado em realidade através do instituto da adoção, que permite que uma pessoa sem laços de sangue se torne pai da outra pelos laços da afetividade e convivência harmônica, com manifestos benefícios para o adotado, mesmo em se tratando de relação homoafetiva, cujo estudo psicossocial revelou reais vantagens para o adotado, legitimando a outra figura do pai”, destacou Adriana.
Ainda na decisão, Adriana Lóssio acrescenta que crianças e adolescentes têm o direito à convivência familiar. “Anote-se, então, ser imprescindível, na adoção, a prevalência dos interesses dos menores sobre quaisquer outros, até porque se discute o próprio direito de filiação, com consequências que se estendem por toda a vida”, diz.
G1