Faltam 36 dias para a 6ª edição da Black Friday brasileira, mas os preparativos já estão todos montados para as promoções que vão unir consumidores e comerciantes na maior operação de vendas do ano.
As expectativas para 2015 são boas: além dos novos consumidores que deverão entrar no embalo da data, consultorias estimam entre 80% e 96% a taxa daqueles que já participaram em 2014 e pretendem voltar a comprar no mês que vem.
O que faz a fama da data é o preço – descontos reais são o motivo maior da atração de clientes – mas a organização das redes no e-commerce (comércio eletrônico) também promete dar mais alegrias que tristezas em 2015. Mais planejamento e menos problemas na entrega é o que garante Vito Chiarella, diretor da Total Express, empresa responsável pela logística online de gigantes como Magazine Luiza, Fnac, Máquina de Vendas, Netshoes e Centauro.
“No ano passado já foi bem melhor, mas historicamente tem esse rótulo [de entregar os produtos fora do prazo]. Mas todo mundo vem melhorando e investindo no aumento da capacidade, na operação. As próprias lojas começam a trabalhar atencedência”, afirma.
O executivo, que participou integralmente de duas das cinco Black Fridays anteriores no País, acha que o mercado já entende melhor todo o processo. Desde a venda até a chegada do produto na casa do cliente, na opinião dele é um fator fundamental enxergar a atividade meio, que é a transportadora.
“Agora nós já vemos as lojas trabalhando com prazos reais, o que em alguns casos acabava gerando a insatisfação do consumidor”, explica. “O ponto principal é que se faz o volume de 10 dias de volume de média histórica e depois emenda as compras do natal. São 40 dias em 20. É um desafio tanto para a loja, como para o plano de vendas e para a transportava.”
Em 2014, de acordo com a ClearSale foram movimentados R$ 871.986.167, o que representou um aumento de 48% na comparação com o ano anterior. E, este ano, Chiarella classifica como a hora da verdade para o e-commerce. Segundo ele, é tempo de surpreender o cliente com um bom serviço e aproveitar o espaço que ainda há no setor de compras pela web, mesmo com o momento econômico adverso.
“[O e-commerce] não é um mercado maduro aqui no Brasil. Ainda tem muitas lojas entrando, lojas que não estavam no mundo virtual”, diz. “Há um processo natural também daqueles que não compraram pela internet, mas que agora compram. Vai dando mais confiabilidade, mais produtos entram e isso acaba gerando crescimento por novas linhas”.
IG