Os quatro suspeitos de terem matado uma criança de 5 anos em Sumé, no Cariri paraibano, foram transferidos na noite da quarta-feira (14) para presídios de João Pessoa. De acordo com a Polícia Civil, a decisão foi tomada após o diretor da Cadeia da Pública de Monteiro, cidade onde eles estavam detidos, informar que os detentos ameaçavam fazer uma rebelião caso os suspeitos continuassem presos na unidade.
Ainda de acordo com a polícia, a transferência para os presídios da capital foi concluída na madrugada desta quinta-feira (15). A mãe da criança foi encaminhada para a Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, na Zona Sul de João Pessoa. O padrasto, o vizinho e o outro homem foram levados para o Complexo Prisional de Jacarapé, o PB1.
O delegado seccional de Monteiro, João Joaldo, explica que a transferência foi para a segurança dos suspeitos. “Houve uma conversa lá dentro da cadeia e o diretor de lá ficou sabendo. Eles disseram que se colocassem os suspeitos lá, eles iriam matar todos, colocar fogo nos quatro. A gente não tem como recolhê-los então na cadeia de Monteiro”.
Prisão temporária
O pedido do delegado do caso foi atendido e a Justiça da Paraíba decretou na terça-feira (14) a prisão temporária do padrasto e da mãe da criança encontrada morta e mutilada na cidade de Sumé. Na decisão, o magistrado Marcos Aurélio Pereira Jatobá Filho argumenta a necessidade da prisão temporária dos suspeito, como forma de propiciar melhores condições de esclarecimento do caso.
Linhas de investigação
Inicialmente, a polícia trabalha com três linhas de investigação. Uma das hipóteses é de que a criança teria sido assassinada durante um ritual macabro, em que o padrasto possivelmente estaria envolvido. Com relação à mãe da criança, a polícia diz ainda não saber se ela teria participado do ritual macabro, mas investiga também se a neglingência nos cuidados com o menino teriam influência na morte.
“Uma das linhas de investigação tem relação com esse fato de magia negra, na qual o padrasto, segundo informações da mãe, teria envolvimento com pessoas que trabalham com esse tipo de ritual”, disse o delegado.
Outra hipótese levantada pela polícia é de que um dos detidos, que era vizinho e amigo do padrasto da criança, teria assassinado o menino por vigança, já que ele teria sido preso após um depoimento da mãe da criança.
“Uma outra hipótese envolve a família, a mãe, o padrasto e esse amigo do padrasto. Anteriormente, a mãe desse menino foi testemunha em uma ocasião em que esse amigo desse padrasto foi preso e ele disse que queria se vingar dessa pessoa. Então uma hipótese é que essa criança foi morta para fazer um mal a sua mãe”, completou.
Já a outra pessoa detida é um deficiente mental que mora na cidade. Ele foi visto por testemunhas próximo à criança no momento do desaparecimento e também quando o corpo foi encontrado
“Essa quarta pesssoa que foi presa, trata-se de um deficiente mental que foi visto com a criança momentos antes do horário estabelecido do seu desparecimento e que também foi visto pelo padrasto e por uma outra testemunha, próximo ao cadáver da criança quando veio a público o encontro desse cadáver”, finalizou.