A Assembleia Legislativa realizou na manhã desta quarta-feira (31) uma sessão especial para debater a situação do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa e o contrato firmado entre o Governo do Estado e a Cruz Vermelha para administrar a unidade. No entanto, nem a administração estadual, nem a organização social enviaram representantes para a sessão.
“Lamentamos a forma como o o Governo vem tratando esta Casa. É um absurdo o secretário de Saúde, Waldson de Souza, não ter comparecido à esta sessão”, disse a deputada Daniella Ribeiro (PP), que propôs a realização da sessão. Ela disse ainda que o objetivo da sessão era esclarecer os detalhes do contrato firmado entre o Governo e a Cruz Vermelha e também saber o porquê da entidade ter feito uma série de demissões no Trauma.
O líder da bancada governista, Hervázio Bezerra (PSDB), justificou que o secretário não pode comparecer à sessão porque foi convocado para uma reunião na Secretária Nacional de Assistência Social. Em função disso ele chegou a solicitar o adiamento da mesma, mas os deputados não aceitaram. “Pedi para agendar uma nova data, mas eles não aceitaram e quiseram fazer a sessão”, disse.
Apesar da ausência do Governo e da Cruz Vermelha, representantes de entidades médicas compareceram ao debate e mais um vez a gestão do Hospital foi vítima de críticas. “Essa administração que parecia milagrosa não vai indo bem. Continua a deficiência no atendimento e continua a superlotação”, disse o presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba, João Medeiros.
Já o procurador do trabalho, Eduardo Varandas, voltou a dizer que a terceirização é ilegal e que em auditoria já foram encontradas diversas irregularidades no Trauma. “Encontramos carteiras de trabalho retidas e verificamos que os profissionais que foram contratados pela Cruz Vermelha não foram submetidos a exames admissionais”, completou.
Do Blog com JPB OnLine