Secretário de Ricardo rebate opositores e diz que Cartaxo é 'a personificação da traição'

"90% da bancada do prefeito era só pau no governador. Uma bancada cassista"

torresO secretário da Comunicação do Estado, Luís Torres, rebateu nesta terça-feira (29) as declarações do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) de que o governador Ricardo Coutinho (PSB) teria um histórico de ‘deslealdade’ e que escalava deputados em revezamento para detonar a gestão municipal.

“Deslealdade. Vamos para a Câmara Municipal de João Pessoa, 90% da bancada do prefeito era só pau no governador. Uma bancada cassista. Vocês lembram até que num episódio lamentável da campanha, o líder do prefeito, vereador Marco Antonio, ferrenho aliado do senador Cássio, deu até um chute na porta do carro do governador Ricardo Coutinho após um debate”, lembrou.

Rômulo Gouveia

O auxiliar governista também não perdoou o comportamento do deputado federal Rômulo Gouveia (PSD) na campanha eleitoral do ano passado, chegando a tachá-lo como ‘traidor’.

“Quem não lembra do maior episódio de traição da história política da Paraíba no ano passado. O ex-vice governador Rômulo Gouveia participava do governo como aliado, participava da composição da chapa e abandonou o governador na última hora sem ao menos ter a coragem de olhar nos olhos e explicar as razões, que hoje nós sabemos, depois de usufruir deste governo durante três anos e seis meses. Rompeu sem nem cumprir roteiro. Rômulo foi de forma virulenta a personificação da traição em 2014”, disse.

Torres também desabafou sua ‘perplexidade’ com o conchavo entre os irmãos Cartaxo e Rômulo Gouveia, poucos dias após as convenções do ano passado.

“Poucos dias após o ex-vice governador abandonar o governo no apagar das luzes das convenções, o senador da nossa chapa, Lucélio Cartaxo, apareceu agarrado com esse personagem como se nada tivesse acontecido. E vir agora falar em deslealdade”, enfatizou.

Adalberto Fulgêncio

Luís Torres ainda aproveitou para responder as acusações do secretário da Articulação Política de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio, que classificou o governador Ricardo Coutinho (PSB) como ‘oportunista’.

“Acho que o problema de Adalberto Fulgêncio é que ele tem muito tempo livre para fazer essas declarações. Falar em oportunismo, vocês querem que eu comece por 2006, quando o então líder do governo na Câmara, Luciano Cartaxo, foi indicado pelo então prefeito Ricardo Coutinho para vice de Maranhão, assinou um documento se comprometendo a retribuir o apoio ao PSB em 2010 e dias depois voltou atrás. Ou preferem que eu fale daquilo que ele fez com o ex-prefeito Luciano Agra, Roseana Meira e os companheiros da gestão que patrocinou a candidatura dele. Todos os agristas foram despejados da administração Cartaxo. Falar em oportunismo com o seu prefeito tendo um histórico desses, foi um tiro no pé do secretário Adalberto. Mas prefiro acreditar que foi por causa do tempo livre”, provocou Torres.

Da Redação