A expressão do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, “Pau que dá em Chico, também dá em Francisco” não poderia ser mais adequada para exemplificar o jornalista Ricardo Boechat. Trocando em miúdos, a expressão significa que a justiça é a mesma para todos, ou assim deveria ser.
Para Boechat, a expressão cai como uma luva. Suas falas sempre polêmicas recaem sobre oposição, situação e em quem mais apareça. O apresentador do Jornal da Band e locutor da Band FM é conhecido por sua postura enfática, crítica e expressiva.
Alguns de seus comentários ganham muita repercussão na web. Não apenas comentários, mas também as atitudes no ar, como na vez em que simulou ligar para a mãe para questionar se ela havia recebido dinheiro das empreiteiras, ironizando o depoimento de investigados na CPI.
Uma das características que o faz repercutir tanto é o fato de não poupar críticas seja em relação à situação ou oposição. Atitudes e comentários como esse levantam a discussão e contribuem para a formação de opinião e democracia.
Seja a Dilma, a Lula ou à oposição, Boechat com toda peculiaridade não poupa palavras e ações para defender seu ponto de vista e o interesse público. Fazendo até mesmo projeções como do cenário político e investigações de operações.
Em fevereiro desse ano, o jornalista sem querer se comprometer, disse que não confirmaria a informação, mas admitiu que o envolvimento do tucano não despertaria grandes surpresas.
“Também não me surpreenderia, mas não estou endossando porque é um boato ainda”, afirmou. Segundo informou, a tal lista conteria cerca de 40 a 70 nomes de políticos citados durante as investigações, o que poderá provocar grandes debates nos próximos meses.
O acabou se confirmando nos últimos dias com a citação do nome do senador Aécio Neves (PSDB), principal líder de oposição, na operação Lava Jato.
Em maio desse ano, Boechat dizia que “ninguém é mais descategorizado do que o derrotado para propor a derrubada daquela que o derrotou”, afirma; segundo ele, Aécio caracteriza-se como mau perdedor.