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As eleições da OAB-PB, que ocorrem na segunda quinzena de novembro, podem representar uma guinada em sua missão institucional de representação da sociedade civil e da defesa das prerrogativas da categoria. A previsão é do experiente advogado Gilvan Freire.
Para ele, a Ordem, na Paraíba, virou um apêndice governamental pelas mãos do atual presidente Odon Bezerra, que levou a instituição a se amofinar num papel desprezível por conta de uma decisão pessoal, referindo-se à vinculação do presidente da OAB à política partidária e, notadamente, a sua submissão aos poderes constituídos.
Os advogados da Paraíba há bastante tempo vêm se declarando decepcionados com o sintomático recuo de Odon em assumir o papel de independência que cabe à Ordem dos Advogados do Brasil frente aos poderes constituídos.
Descumpridor da palavra
Denunciaram que ele se descaracterizou totalmente como representante da advocacia paraibana, quando descumpriu a palavra, diversas vezes empenhada perante a categoria. Mencionaram como exemplos, dentre outros, a falsa declaração de que não se submeteria à reeleição, cometendo, no entender de muitos causídicos, uma espécie de estelionato eleitoral, a enganosa jura de que não emprestaria seu nome à política partidária e a vã promessa de que reduziria as custas processuais, acusando seu antecessor de colaborar por deixá-las as mais elevadas do Brasil. E todos sabem que ocorreu exatamente o contrário do que ele assegurou de pé junto e mãos postas para toda a sociedade.
Para muitos, o advogado Gilvan Freire encarnou com precisão o sentimento da categoria, que se sente traída pelo agachamento do atual presidente da Ordem aos poderes constituídos, elevando lamentavelmente seu interesse político e pessoal acima dos interesses da Classe.
