Veneziano considera 'equívoco' proibição de financiamento privado de campanhas

'O STF vai ter a sensação de que resolveu a situação, mas não resolveu'

VenezianoO deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) disse na tarde desta sexta-feira, 18, só os eleitores de João Pessoa poderão julgar a saída do prefeito Luciano Cartaxo do Partido dos Trabalhadores. O parlamentar pontuou que “é uma atitude de risco, mas há de se perguntar ao eleitor qual a opinião sobre essa situação porque a população pode estra desgostosa com o PT e outros poderão dizer que ele deveria ter ficado no momento difícil que o partido passa, ele deve ter feito uma avaliação e deve achar que era o momento de buscar o apoio do PSDB, ele deve ter pesado o prejuízo político de sua imagem sob o olhar do eleitor petista e dos demais eleitores da capital”.

Em entrevista a Rádio Tabajara, na tarde desta sexta-feira, 18, Veneziano pontuou que a situação partidária de todas as legendas passa por mudanças neste momento e destacou que espera seguir no PMDB paraibano.

Já sobre a decisão do STF, que vetou a doação privada para campanhas eleitorais, ele disse que discorda do posicionamento dos oito ministros que apoiam o corte de doações de empresas e citou o caso dos Estados Unidos da América, que arrecadam milhões de dólares de empresas para usar nas campanhas políticas.

“Considero a decisão do Supremo Tribunal Federal equivocada, mas respeito, penso que a partir dessa decisão surgirão muito mais dificuldades do que nós já tínhamos, a de limitar, proibir e vetar taxativamente a contribuição de pessoa jurídica nas disputas eleitorais, eu penso que é um equivoco, se eu tivesse a segurança de que exclusivamente o financiamento público ou o financiamento pessoal à candidaturas resolvesse esses episódios, eu seria o primeiro a apoiar e aplaudir de pé essa definição”, declarou.

Veneziano seguiu dizendo que atos de corrupção não acontecem apenas durante as eleições e citou o caso do mensalão descoberto em 2015, “fora do período eleitoral”. “Qual é a segurança que se tem de que não existirão outras forma de corrupção? O que deveria acontecer era estabelecer que o processo de doação fosse mais transparente”, destacou.

O parlamentar conclui dizendo que a reforma política analisada no Congresso Nacional é pífia diante das necessidades do povo brasileiro. “A gente não avança com esse tipo de reforma que não desenvolve o país, como é o caso da manutenção das coligações partidárias e faz com que um candidato que tem mais votos não seja eleito e outro que recebe menos votos assuma o mandato por ter uma aliança partidária que obteve mais votos”, finalizou.

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