Peso da folha nos gastos do governo federal é o maior desde 2001

A relação entre os gastos com o funcionalismo público federal e as receitas correntes líquidas da União chegou, nos primeiros quatro meses de 2015, ao seu maior patamar desde 2001.

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A relação entre os gastos com o funcionalismo público federal e as receitas correntes líquidas da União chegou, nos primeiros quatro meses de 2015, ao seu maior patamar desde 2001. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano (período mais recente disponível), o governo gastou, em média, 30,9% de suas receitas líquidas para o pagamento de funcionários públicos federais. No mesmo período de 2001, a “fatia” das receitas usadas para o pagamento da folha era de 34,6% e desde então apresentava patamares inferiores. Economistas ouvidos peloUOL acreditam que a tendência é que essa proporção aumente por conta da queda de receita do governo em 2015.

A relação entre as despesas com a folha de pagamento e as receitas correntes líquidas é um dos indicadores que avalia a “saúde” das finanças públicas do governo. Ela indica o peso da folha de pagamento do governo com os funcionários em suas finanças. As receitas correntes líquidas são o resultado da arrecadação do governo com tributos e impostos após o desconto das transferências constitucionais e legais obrigatórias, contribuições para o PIS (Programa Integração Social) e Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Serviço Público) e o pagamento de benefícios previdenciários.

De acordo com o Ministério do Planejamento, no mesmo período de 1995 (início da série histórica disponível), o governo federal gastava 55,40% dessas receitas com a folha de pagamento. Desde 2000, por lei, no entanto, o governo federal só pode gastar até 50% de suas receitas correntes líquidas com isso.