AL aprecia voto aberto, mas cassação de mandatos de deputados continua sendo fechada

Já o líder da oposição, Renato Gadelha (PSC), se manifestou contra o voto aberto ao afirmar que os parlamentares poderão tomar uma decisão sob pressão da imprensa.

fachada assembleia

 

Os deputados estaduais aprovaram na tarde desta quarta-feira (9) o fim do voto secreto na Assembleia Legislativa, a exemplo da intervenção do estado nos municípios. O voto secreto foi mantido em votações para cassar mandatos de parlamentares.
Os vetos do governo do estado também serão apreciados pelos deputados através do voto aberto. A eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa será escolhida através do voto secreto.
O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, defendeu o voto aberto. De acordo com ele, não expor o voto dos parlamentares é uma prática ultrapassada e antidemocrática.

“Nos novos ventos da democracia brasileira não cabem mais segredos. A Lei de Acesso à Informação Pública e a criação da Comissão da Verdade estão aí para nos mostrar que vivemos tempos de mudanças. Mudanças estas exigidas pela nossa própria sociedade”, disse.
Ainda segundo Adriano, quem tem direito a voto secreto é o eleitor. “Ele que é o verdadeiro detentor do poder político em um Estado Democrático de Direito. Além disso, o eleitor tem o direito de saber quais os caminhos que o deputado que ele escolheu vai seguir, quais são as posições que seu representante vai tomar”, salientou.
Já o líder da oposição, Renato Gadelha (PSC), se manifestou contra o voto aberto ao afirmar que os parlamentares poderão tomar uma decisão sob pressão da imprensa.